domingo, 31 de dezembro de 2017

Tavapensandoaqui na minha retrospectiva 2017



#tavapensandoaqui na minha retrospectiva 2017. Estava relutante, mas tenho novos amigos que não me conhecem direito e resolvi finalizar o ano com essa crônica escrita no último dia. Foi um ano espetacular para mim. No plano pessoal, as festas da família foram animadas como sempre, vários familiares completaram 60 anos assim como eu. Várias festas surpresas marcaram o ano e a minha festa foi com o tema “Música” com animação do Videokê cedido pela amiga de fé, quase irmã. Mulher e filha viajaram à Europa no meio do ano. Agora ao final do ano a filha viajou e já festejou a entrada de 2018 em Auckland na Nova Zelândia, pois estão 15 horas à nossa frente. Como cantor me apresentei em vários eventos. Como irei esquecer o Carnaval onde cantei a “Pipa do Vovô” fantasiado de Silvio Santos. Como não lembrar a Festa “Cabaré” onde dancei com a minha mãe, cantei “A volta do Malandro”, “Tango do Covil” e troquei de papel ao final do show. Festa dos Anos 60 cantando “Era um garoto que como eu amava os Beatles e os Rolling Stones”, Parada Brega cantando “Férias na Índia” e “Bilu Tetéia”, na Festa Cantares da Primavera cantei “Flores Astrais”, “Que Maravilha”, “Primavera”. Começamos ensaiar uma peça musical (projeto da nossa saudosa mestra antes de sua partida repentina desse mundo) e estamos quase finalizando os trabalhos para nos apresentarmos no ano que vem. Continuei a jogar futebol e tênis. Comprei uma Scooter para poder continuar os ensaios do nosso grupo vocal e ir ao culto da maçonaria em seguida, pois os dois eventos acontecem no mesmo dia da semana. No início desse me formei como Coach. Logo em seguida ao curso fui convidado para uma entrevista num canal de You Tube pelo amigo cantor e apresentador do programa para falar da minha nova carreira. Nessa área vi transformações maravilhosas nas pessoas, o que me faz acreditar no poder do novo desafio que me proponho ao ser Coach. Nos últimos meses desse ano fui “’Anjo” em dois megaeventos do Coach em São Paulo e além de conhecer novas pessoas passei a admirar os bastidores dessa nova onda que se dá no Brasil. Mais do que uma moda passageira, o Coach vem para ficar e transformar a vida das pessoas. Nessa carreira já lancei um livro em coautoria agora em dezembro, intitulado “Motiv+Ação”, com o capítulo “O Poder dos Relacionamentos”. Consegui fazer o bem esse ano para muitas pessoas, seja através do Coach ou de minhas crônicas. Fazer o bem para os outros foi a missão que determinei para mim a partir desse ano. Agora aos 60 anos minha nova empreitada será como Coach. Como foi seu ano de 2017? Diga três acontecimentos que te fizeram feliz. Hum, muito bom, agora cite três lembranças nem tão felizes... Esse 2018 promete! Feliz Ano Novo a todos! Tava pensando aqui...
Gostou? Deixe seu comentário e compartilhe. Curta essa página do Facebook - Tavapensandoaqui - com as minhas crônicas e compartilhe também! Compre meu livro pela internet (também em e-Book). Compre comigo através do INBOX ou WhatsApp (11) 99347-7662. Ajude a divulgar o meu trabalho. Um beijo do magro!

quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

Tavapensandoaqui em escrever uma carta neste final de ano


Tavapensandoaqui em escrever uma carta neste final de ano. Que Papai Noel que nada. O destinatário serei eu mesmo, daqui a um ano. O correio tem serviço agendado? Não importa, o importante é a ação de escrever e colocar no papel os meus planos para o ano que vêm. Vou escrever a carta, fechar, colocar na árvore de Natal e quando recolher os enfeites no dia 6 de janeiro, a carta será guardada junto. Perto do final do ano seguinte, vou pensar “Caramba, onde deixei aquela carta que escrevi para mim?”. Vou procurar na escrivaninha, no guarda roupa, na sapateira, na cômoda, no criado mudo, na gaveta da cozinha, no freezer, até que vou desistir. Quando os enfeites de Natal forem montados encontrarei a carta e direi: “O que é isso? Quem será que escreveu?”. Não sei você, mas tenho certeza que comigo aconteceria exatamente assim. Então eu me lembraria, é claro. Você pode fazer isso também. Funciona desse jeito: pense nas realizações que você deseja para o novo ano. Comece assim: “Tentarei fazer aulas de dança e também se der vou me matricular num curso de Origami. Eu também gostaria de visitar uma cidade bonita do Brasil para tentar descansar um pouco. Quem sabe até fazer um Cruzeiro, porque eu gosto muito de ver navios”. Amigo ou amiga, se você concordou com o que escrevi, pode parar. Você vai literalmente ficar na orla da praia de Santos vendo os navios passarem. Onde está sua determinação e sua vontade se sua carta fosse escrita dessa maneira? Francamente. “Vou tentar”, “gostaria de”, “se der”, “quem sabe”, todas essas expressões não te levarão a lugar nenhum. Seja determinado claro e direto. Vamos recomeçar. Tudo que você escrever nessa carta deverá representar seu real desejo. Não escreva nada que você não possa cumprir ou que não tenha realmente vontade de fazer. Quer viajar? Então escreva “Vou viajar para Búzios no navio do Energia na Véia, na primeira semana de março, parcelando em 10 vezes”. Pronto. Escrevendo dessa forma, seu desejo está claro e concreto. Curso de Origami, se achar que não vai rolar, então não escreva. Aulas de dança? Se quiser mesmo, escreva qual tipo de dança, quando vai se matricular e em qual escola. Quando escrever seus desejos, faça a pergunta “O que vou ganhar se fizer isso? O que vou deixar de ganhar se não fizer?”. Pronto. Cada desejo deve trazer conforto, prazer, algum benefício a você ou a outros e deve ser possível de ser alcançado para que você tenha motivos de comemorar a conquista. Essa é a formula de se conseguir planejar um novo ano com muita alegria e com chances de sucesso. Sua carta está pronta para colocar na árvore. Chega de desejar uma dieta que vai começar na próxima segunda-feira e terminar na terça-feira, chega de entrar na academia e fazer exercícios somente na primeira semana. Chega de querer aprender uma nova língua que não vai lhe ajudar a chegar a nenhum lugar. Pense claramente em seus planos e os realize. Escreva-os. Seja feliz. Desejo-lhe boas festas e um ano novo cheio de prosperidade! Tava pensando aqui...

Gostou? Deixe seu comentário e compartilhe. Curta essa página do Facebook - Tavapensandoaqui - com as minhas crônicas e compartilhe também! Compre meu livro pela internet (também em e-Book). Compre comigo através do INBOX ou WhatsApp (11) 99347-7662. Ajude a divulgar o meu trabalho. Um beijo do magro!

segunda-feira, 6 de novembro de 2017

Tavapensandoaqui se me pusessem num hospício, por engano.

Tavapensandoaqui se me pusessem num hospício, por engano. Já pensou? Como poderia acontecer uma situação assim, tão maluca? Pode parecer enredo de novela, mas conheço um caso real. Uma vez uma amiga me contou que andava meio estranha, tinha problemas, se sentia sem energia, estava em estado depressivo e os parentes a levaram para uma clinica de tratamento psiquiátrico, dizendo a ela que era uma visita normal ao médico. Chegando lá, ela foi entrevistada e levada a conhecer as dependências da clínica e quando estavam lá dentro eles a pegaram e a internaram. Imagine você sendo levada para um quarto em uma clínica e gritando “Eu não sou louca, eu não sou louca, me soltem!”. Parece maluquice, mas não é. Enquanto você grita e esperneia, os atendentes te seguram e pensam “nossa, pegamos outra louca que não aceita que é maluca”. Coisa de doido, não é mesmo? Então se imagine em uma situação dessas e tente pensar em como se safar dela. Se não me engano tem filmes sobre isso. Você foi colocada em um quarto e foi obrigada a tomar um calmante. Nesse ponto, você apaga e acorda no dia seguinte. Ao seu lado um cara com a mão na barriga se apresenta dizendo ser Napoleão. Você retruca dizendo ser Monalisa, usando seu espírito brincalhão, o qual você descobrirá rapidamente não ser uma boa ideia utiliza-lo. Um atendente escuta sua brincadeira idiota e passa a dizer na clínica que você se acha a Monalisa. Pronto, você recebeu seu diploma de louca. Com louvor. Agora você é conhecida na clínica como a Monalisa, torcendo para não ter algum louco que se considera o Leonardo Da Vinci. Você percebe nesse momento o quanto é inconveniente fazer brincadeiras fora de hora. O enfermeiro passa com o remédio e você recusa-se a tomá-lo. É obrigada a tomar à força e esperneia, machucando um dos atendentes. É imobilizada na cama com as correias prendendo seus braços e pernas. Grita desesperadamente. De nada adianta. Só confirma sua loucura. Presa pelas correias pensa “caralho, fiz merda!”. Eles passam a considera-la perigosa. E você apaga sob os efeitos do remédio. Acorda com os enfermeiros colocando a comida e é solta, prometendo que vai se comportar. Em seguida pede para falar com o médico responsável. Eles a ignoram, você altera o tom de voz e eles te colocam novamente presa na cama, dando-lhe novamente o “sossega leão”. Você acorda e pensa em mudar de estratégia. Agora vai ser boazinha. Quando recebe a visita do enfermeiro derrete-se em sorrisos e simpatia. Eles retribuem a gentileza dos cumprimentos e colocam na sua ficha que você é bipolar. Você passa uns dias se comportando bem para atrair a simpatia de algum atendente, faz amizades com Napoleão, Dom Quixote, Joana D’Arc e Mulher Maravilha. Chega a perguntar a ela se é verdade o caso com o Super Man. Nesse ponto você começa a pensar que é louca. Mas com o passar dos dias consegue arrumar um jeito de fingir que engole a medicação e não a engole. Consegue ficar lúcida por alguns dias e tenta de todas as formas, falar com o médico responsável. É claro que não consegue, pois todo louco diz que não é louco. Descobre os dias das visitas do médico e se prepara para discursar sobre a sua sanidade no dia que ele vier. E agora? Como convencê-lo de que você é normal? Pede conselhos a Sócrates, Platão e Jung que estão por lá. Pensou em falar com Jesus, mas alguns dias atrás ele foi curado quando trouxeram uma cruz para crucificá-lo e ele gritava desesperadamente “eu não sou Jesus, eu não sou Jesus!”. Foi curado com um belo tratamento de choque. Voltando à história da minha amiga, chegou o dia da visita do médico e ela conseguiu convencê-lo sobre sua sanidade. Eu fiquei fascinado pela história dela, ao mesmo tempo em que me mantive a uma distância segura. Vai que... Tenho algumas amigas que não sairiam de lá de jeito nenhum. Tava pensando aqui...

quarta-feira, 1 de novembro de 2017

Tavapensandoaqui que ninguém cruza sua vida por acaso

Tavapensandoaqui que ninguém cruza sua vida por acaso. A pessoa que cruza a sua vida tem algum propósito celestial para ter cruzado a sua vida, pois sabemos que existe um propósito para tudo que está acontecendo. Sabemos? Mesmo? Pra que serve cruzar com as pessoas em nossas vidas? Quem foi que criou essa regra? Será que tudo é tão planejado pelo Universo que pouco importa a nossa opinião e as nossas decisões? Onde entra o livre arbítrio nessa história toda? O acaso não existe? Temos muitos questionamentos e nenhuma certeza sobre nada. Seguimos pensamentos formulados por gurus, ou por filósofos, ou seguimos aproveitadores e charlatões acreditando que nós estamos aprendendo com eles. E eles enriquecem às nossas custas e sacrifícios, pois os cursos que fazemos e pagamos é com o dinheiro que ganhamos com o nosso esforço e suor. Postamos frases de efeitos nas redes sociais para nos sentirmos intelectuais e filósofos. E não seguimos aquilo que postamos, na maioria das vezes. Postamos que “não devemos nos meter na vida alheia” e no minuto seguinte estamos dizendo ao outro o que ele deve fazer para sair de uma determinada situação. Somos os donos da verdade e temos a solução dos problemas dos outros e não conseguimos enxergar que temos os nossos problemas e não conseguimos soluciona-los. Somos hipócritas e temos consciência disso. Quem mais te conhece, além de você mesmo? Pensar é livre. Você pode parar para pensar ou pode pensar andando mesmo. Mas lhe proponho uma questão parecida com a questão “quem nasceu primeiro, o ovo ou a galinha?”. A questão que lhe proponho é a seguinte: se nascemos com nosso destino traçado, onde entra a nossa livre escolha, o nosso livre arbítrio? Se escolhermos seguir um caminho, esse caminho era o nosso destino? Então a escolha não era nossa, pois o nosso destino estava traçado na maternidade (como diria a famosa música). Fiquei em dúvida sobre essa questão. E você, acredita em que? Você é dono do seu próprio destino? Tem certeza? O acaso vai te proteger enquanto você andar distraído? Tava pensando aqui... 

domingo, 22 de outubro de 2017

Tavapensandoaqui que somos todos artistas

Tavapensandoaqui que somos todos artistas. Representamos nossos papéis todos os dias, todas as horas e em cada segundo que vivemos. O artista não é apenas aquele que sobe ao palco para dizer o texto que foi tão bem escrito e ensaiado. Somos pais e cumprimos nosso papel. Somos filhos e somos netos. Somos padrinhos de casamento ou de um batizado. Nesse papel representamos nossa dedicação ao casal ou ao sobrinho querido. E representamos com todo o nosso afinco, com toda a verdade que temos em nossos corações. Na vida não podemos errar quando entramos no palco. Nossa representação é real. Não podemos voltar atrás e repetir a cena em que magoamos alguém com uma atitude mal planejada ou uma palavra pronunciada num momento inadequado. Uma vez produzida a cena, ela vai eternamente para o acervo da vida. Representamos estar felizes quando vamos a um evento festivo, mas podemos ter em nosso íntimo uma questão que nos fere a alma. Igual a um artista da novela. O público não quer ver a tristeza e a angústia em nosso interior. Porém, somos humanos. Nem sempre acertamos nas escolhas de nossos textos. Tem vezes que parecemos não combinar com o papel que estamos representando. O público é exigente e percebe que estamos representando uma farsa. Quando estamos fazendo um papel que não nos agrada, nosso corpo apresenta sinais de desagrado. É uma dor de estômago, é um amargo na boca, é um aperto no peito, é uma doença qualquer que nos avisa que estamos fazendo as coisas de forma errada. Nem sempre percebemos a gravidade desses sintomas e não temos o diretor de cena para nos orientar no caminho certo da nossa representação. Portanto a decisão é sempre nossa. Fazer aquilo que se gosta parece fácil para alguns privilegiados. Comparamos nossas vidas com a vida daqueles que assistimos nas novelas e comparamos com as vidas das outras pessoas que conhecemos. Esquecemos que somente a parte boa de tudo que acontece nessas vidas é nos apresentado quando assistimos as cenas. Tudo o que ocorre nos bastidores de nossas vidas não é visto pelo grande público. Conheci recentemente a parábola do pato, que nadando serenamente no lago nos esconde as suas patas freneticamente se movimentando embaixo da água. Em cima do lago tudo parece sereno e calmo. Somente aqueles com o quais contamos na nossa intimidade sabem quais os tropeços e arranhões que aconteceram nos bastidores das nossas vidas. A produção da peça da nossa vida é muito difícil. Somos todos artistas e nosso palco é a vida, a vida vivida aqui, agora, nesse momento e nesse minuto. Sem ensaio. Pense em cada movimento que vai realizar nesse palco. Lembre-se que a vida é uma só. Aproveite o que ela tem de melhor, dê a mão a quem quer caminhar junto a você. Tava pensando aqui...
Sergio Nogueira

Se gostou, compatilhe.

domingo, 15 de outubro de 2017

Relembrando a crônica do horário de verão

Relembrando a crônica do livro "#Tavapensandoaqui" sobre o horário de verão! O que você acha?
#tavapensandoaqui no horário de verão.
Eu acho que é muita pretensão dizer que nosso metabolismo sofre com a alteração de apenas uma hora. Hora que foi tomada emprestada e vai ser devolvida mais tarde. Tem gente que nas sextas-feiras trabalha direto até 14h. Fica sem o almoço costumeiro das 12h neste dia. Coitado do metabolismo dessas pessoas.
Tenho amigos que postam um monte de fotos indo para a balada na sexta-feira. Fico pensando aqui o quanto o coitado do metabolismo deles sofrem com a alteração de horário. Eles dormirão mais tarde e vão levantar em um horário diferente no sábado.
O médico que é entrevistado pela mídia e informa que o horário de verão faz mal ao metabolismo das pessoas faz um horário de trabalho muito legal para estar dizendo isso na entrevista. Alguns plantões desse profissional são de 24h direto. Bem saudável. Ele deve ter uma rotina bem certinha sem fazer partos na madrugada ou fazer cirurgias de emergência.
Tem gente que costuma “dormir até acordar” no final de semana. O metabolismo deve chorar muito afinal a rotina de despertar às 6h da manhã foi quebrada.
Quem foi mãe recente detona seu metabolismo. Os recém-nascidos não entendem o que é dormir a noite toda e ficam acordando umas três vezes na madrugada.
Amigos meus que pedalam no final de semana acordam mais cedo e acabam com seu metabolismo. Acho que a Associação dos Metabolismos deve estar fazendo protestos na Avenida Paulista reclamando do horário de verão.
Parentes foram recentemente para Orlando e estavam “muito preocupados” com o fuso horário que era de uma hora, pois o metabolismo deles seria afetado pela mudança. Coitados, chegariam à Disney acabados pela diferença de uma hora não poderiam se divertir por causa disso. Fiquei morrendo de pena.
Uma amiga trabalhava num serviço e trocou de emprego, mas ela iria trocar a hora do almoço. Gente, que pena. Ela almoçava ao meio dia, mas no novo emprego o horário dela seria às 13h.
Tentei convencê-la a não mudar, pois o metabolismo dela seria prejudicado! Mas ela não me ouviu, cortei relações.
Outra amiga me disse que no sábado e domingo não tem horário para acordar e nem para almoçar. Ela passeia no parque, anda de bicicleta e come um monte de besteiras. Eu quase pirei.
Outra disse que sai para trabalhar na madrugada quando é chamada. Nossa, que heresia. Um casal disse que uma vez perdeu um show da banda de axé porque seria muito tarde e eles dormiam sempre cedo para manter em ordem seu metabolismo.
Um amigo disse que o cliente queria uma reunião para fechar um grande negócio na hora do almoço! Ele recusou, nem pensar. E o metabolismo dele como ia ficar?
Outro amigo disse que precisaria fazer hora extra para implantar um grande projeto que traria benefícios imensos para a empresa e não fez de jeito nenhum. Os metabolismos de ambos agradeceram imensamente. Eles estão procurando emprego agora, quem souber de algo me avise.
Quanta bobagem. Isso é hora de publicar texto, são quase uma hora da manhã! Não é não, meu metabolismo acha que ainda nem é meia-noite, pois o horário de verão acaba de começar. Tava pensando aqui...
Gostou? Deixe seu comentário e compartilhe. Curta essa página do Facebook - Tavapensandoaqui - com as minhas crônicas e compartilhe também! Compre meu livro pela internet (também em e-Book). Ajude a divulgar o meu trabalho. Um beijo do magro!

quarta-feira, 11 de outubro de 2017

Tavapensandoaqui em mudar o mundo

Tavapensandoaqui em mudar o mundo. Vou erradicar a fome pegando as riquezas dos grandes empresários, das grandes empresas e distribuindo-as para quem precisa. Vou garantir a paz mundial ao reunir os líderes do ocidente e do oriente, na Índia perto do Taj Mahal, e avisar que a paz é mais importante que a guerra. Vou reunir todas as religiões, lá em Aparecida do Norte, para uma conversa franca e dizer a todos eles que Deus ficaria orgulhoso com a união de todas elas em busca da harmonia entre os povos. Vou fazer um grande programa de conscientização mundial para eliminar de vez com a corrupção, dando real tratamento a esses pobres de espírito e de alma, seres inferiores e desprezíveis que roubam em benefício próprio. Ou seja, prisão neles. Pediria aos cientistas que fizessem menos pesquisas para descobrir novas armas de destruição e focassem mais na cura de doenças e no prolongamento da vida dos seres humanos. Você me perguntaria, mas por que eu pediria para fazerem menos pesquisas para armas de destruição, ao invés de impedir a realização de todas as pesquisas em armamentos? É que ainda temos que nos prevenir contra os extraterrestres, pois eles podem invadir o nosso planeta com más intenções e estaremos prontos para combatê-los com torpedos “fotônicos” e canhões de raios laser, igual aos que tem na minha série favorita. Nunca se sabe, é bom prevenir. Que pena que tenho pouco poder para fazer tudo isso. Acho que eu seria eleito presidente do mundo se conseguisse colocar em prática essas ações. Mas só tenho poder de mudar aquilo que está ao meu alcance. O que está ao meu alcance para mudar o mundo? Quando me perguntaram pela primeira vez “O que você pode fazer para mudar o mundo?” eu pensei que eu era muito pequeno para fazer alguma coisa para mudar o mundo. Claro que os pensamentos que tive ao ouvir a pergunta foram muito grandiosos, foi mais ou menos nessa linha de pensamentos que escrevi acima. E achei que era difícil fazer algo sozinho para mudar o mundo. E pensando melhor, entendi o significado da pergunta. Todos juntos podemos mudar o mundo. Como? Com pequenas atitudes. Comecei a elencar essas pequenas atitudes e fiz uma lista. Eu posso começar pela minha própria casa. Se eu fizer uma ação por dia e incorporar esse hábito ao meu dia a dia, eu vou conseguir mudar o mundo. Se eu incentivar meus amigos a fazerem o mesmo, aos poucos o mundo será outro. E será mais agradável viver nele, para nós e para nossos filhos e netos. Que atitudes seriam essas? Economizar água e energia elétrica, pois consome menos recursos hídricos do planeta. Posso fazer isso na minha casa desligando aparelhos que não estão em uso, apagando luzes em locais onde não estou. Reduzir o uso de água nas pequenas ações caseiras é bom. Evitar desperdícios também é uma forma de salvar o planeta assim como usar material reciclável e consumir apenas o necessário nos produtos de limpeza e nas refeições. Doar as nossas coisas materiais para os menos favorecidos é uma atitude louvável. Ao sair de casa, respeitar as leis é uma maneira de respeitar ao próximo. Obediência à sinalização quer seja pelos pedestres, ciclistas, motociclistas, motoristas é uma atitude que ajuda a melhorar o mundo. Ajudar as pessoas participando de atividades beneficentes de forma voluntária ajuda o mundo e a você. Sorrir mais, cumprimentar as pessoas, reclamar menos e respeitar a opinião dos outros sem se meter na vida deles também mexe com a energia do planeta. São coisas pequenas que fui me lembrando de listar para melhorar o mundo. E você, faz alguma coisa para melhorar o mundo? Tava pensando aqui...

quinta-feira, 5 de outubro de 2017

Tavapensandoaqui que hoje seria difícil escolher uma mulher

Tavapensandoaqui que hoje seria difícil escolher uma mulher. Aquela para casar e formar um lar. Antigamente bastava para as mulheres serem belas, recatadas e do lar. Esses atributos definiam a mulher para casar e viver a vida até que a morte de um dos cônjuges os separasse. Hoje temos tantas mulheres que a escolha ficou quase impossível. Antigamente para casar o homem escolhia uma mulher de família. Que soubesse costurar, lavar, passar, cozinhar, varrer. Podia até saber ler. Virgem. De qualquer signo, mas virgem, que não tivesse tido contato com outro homem. Os casamentos aconteciam cedo, casavam-se jovens e sonhavam em ter filhos e netos. Para os homens, sonhavam com empregos fixos que durassem até a aposentadoria. As mulheres apenas cuidavam da casa e da família, sonhavam em ser boas esposas. O tempo foi passando e as mulheres conseguiram conquistar sua independência em vários lugares do mundo, em outros lugares ainda não. Antigamente existia a mulher traída. Hoje existe a mulher que trai. Direitos iguais. Antigamente existia a mulher mandada. Hoje ela manda também. Antigamente ela abaixava a cabeça, hoje ela discute a relação. Antigamente ela cuidava da casa e hoje ela administra a casa, com o marido dividindo as tarefas. Antigamente as posições das mulheres nas empresas eram as posições de servir, eram secretárias, recepcionistas, faxineiras, copeiras, auxiliares. Hoje elas chefiam pessoas, chefiam departamentos, chefiam empresas inteiras. Muitas vezes no casamento, ela ganha mais dinheiro que o homem. Comigo aconteceu isso, no começo eu ganhava muito e agora ela ganha mais. Não senti diferença alguma. Comemorei, ainda bem que alguém ganha o suficiente para sustentar a família. Então, voltando à questão inicial, como escolher uma mulher nos dias de hoje? Mulher de fases? A guerreira, a empregada, a submissa, a dominadora, a materialista, a sonhadora, a insegura, a confiante, a que quer ser mãe, aquela que não quer filhos, aquela que está sempre junto, aquela que é independente, aquela de dirige, aquela que muda de humor sempre, aquela que é bem humorada, aquela que é séria, a outra que é descolada, a outra que atrai a atenção sempre, aquela que se veste bem ou aquela que se despe melhor ainda? Qual o critério de seleção? Alguém respondeu “AMOR”? Tava pensando aqui...

terça-feira, 3 de outubro de 2017

Tavapensandoaqui no ultimo show

Tavapensandoaqui no ultimo show. Os preparativos estavam em sigilo, ninguém tinha certeza da data. Na véspera todos foram avisados, aviso esse recebido com os olhos arregalados de surpresa. É assim mesmo, ninguém está preparado para o ultimo show. Assim como se arregalaram, todos os olhos marejaram de lágrimas e alguns transbordaram como cachoeira. Mas fazer o que? Estava marcado e pronto. No dia seguinte o publico foi chegando, pouco a pouco se aglomerando e se abraçando à espera da chegada da famosa estrela. A chuva trazia a tristeza daquele dia que todos não esperavam, mas que um dia chega para todos nós. Pequena confusão na bilheteria, em relação ao horário do espetáculo, logo esclarecido pelos organizadores e mantido no horário combinado inicialmente. Entre o público, as conversas rolavam sobre as obras maravilhosas da artista, de tudo que ela ensinou para cada um. Uns falavam dos talentos da artista em tirar delas o máximo possível. Outras falavam dos talentos da criadora e arranjadora de espetáculos musicais. Outras comentavam sobre as broncas homéricas que levavam quando cometiam alguma insanidade. Outros lembravam as cômicas situações com as quais se envolviam nas apresentações. Outros se lembravam dos conselhos da grande amiga e confidente. Outros comentavam sobre o pouco tempo de convívio e sobre o quanto lamentavam não poder mais aprender com ela. Chegada a hora, foi confirmada a chegada da artista que estava em seus últimos preparativos. Feita a chamada para o inicio da cerimônia, o publico adentrou o recinto. A chuva persistente e incômoda parou pouco antes do início do espetáculo. Feitas as devidas honras o publico se emocionava a cada cena. Por fim ia chegando o final do show. O sol aparecia iluminando aquele dia que amanheceu chato e sombrio. Todos foram cumprimentar a artista após a sua última aparição e dar seu último adeus. Aplausos efusivos e com o publico em pé terminaram a apresentação. O portal de passagem foi aberto por Deus. O céu abriu e todas as nuvens se esconderam para dar espaço para a passagem da artista em direção à sua nova morada. Enquanto fechavam-se as cortinas pela ultima vez sentia-se no ar o aceno da artista iluminando a todos os fãs incondicionais. Uma palavra a define: música. Vai com Deus. Esposa, filha, mãe, irmã, cantora, produtora, artista, astróloga, professora, deusa, bruxa, fada, musa, amiga e mulher. Sincera e verdadeira em seus comentários. Fã das minhas crônicas, incentivadora de outros talentos que nem eu mesmo sabia que tinha. Dois anos de convivência e de crescimento da minha parte. Apenas dois anos juntos, compartilhada com um grupo genial de pessoas. Por que se foi tão cedo? Um ano mais velha que eu, só isso. Vai Fernanda Gianesella (01-10-2017). Fale com Deus. Chegue à frente dele e diga: “Bom dia, tudo bem” (com respeito, né, afinal o cara é Deus). “Eu fui lá e arrasei. Sou foda!”. Prepare o palco, prepare o coro angelical, afine as harpas, os violinos e as trombetas. Espere por nós, sentada em seu banquinho branco tocando o violão, estaremos com você um dia. Essa certeza eu tenho. Tava pensando aqui...

quarta-feira, 20 de setembro de 2017

Se a Roberta Rosilho fosse gay?

Minha amiga virtual Roberta Rosilho escreveu o texto que reproduzo abaixo, porque achei muito legal. Desde que nos conhecemos fizemos muita brincadeira e ainda não tivemos oportunidade de nos ver ao vivo. Segue o texto:
"Se a Roberta Rosilho fosse gay???
... ela amaria crianças, e certamente teria um filho de nome Luiz Felipe, ela também trataria muito bem os cachorros e bichinhos fofos..., mas ainda morreria de medo de baratas.
Teria nascido em SP (lá na Maternidade São Paulo) e ainda pequena teria mudado para o Bairro Jaguaré, e teria ido várias vezes tentar morar no Nordeste, sem sucesso, é que a Roberta Gay também acharia que a qualidade de vida lá seria melhor, mas lá infelizmente não teria conseguido ganhar dinheiro para se estabelecer...
Ela teria um pai chamado Luiz e uma mãe chamada Carmen, e ela teria dois irmãos com os nomes de Alexandre e Renata, também teria as sobrinhas mais lindas do mundo de nomes Juliana e Beatriz e até um sobrinho neto chamado Kauan Daniel.
A Roberta, caso fosse gay, teria estudado Propaganda & Marketing, trabalharia com Organização de Eventos, e também estaria quebrando a cara com a crise no País.
A Roberta gay teria uma alegria ao acordar pq estava feliz sendo e fazendo o que ela acreditaria ser o melhor pra ela;
Se a Roberta fosse gay ela iria gostar muito de tomar coca cola no café da manhã, e cerveja aos fds;
Se a Roberta fosse gay ela também teria enfrentado vários tratamentos contra o Vitiligo sem sucesso algum;
Se a Roberta fosse gay o Brasil teria sido motivo de piada no Twitter de House of Cards, o VLT teria chegado a Santos, esse inverno ainda teria sido quente “bagaraio”, RJ seria uma das capitais mais violentas do país e os políticos seriam, em sua imensa maioria, corruptos;
Eu acho que se a Roberta fosse gay ela teria MUITA coisa parecida com a Roberta hétero, mas eu acho que a coisa mais parecida seria não perder tempo se preocupando com quem é ou deixa de ser gay!
Resumindo, é isso. Se a Roberta fosse gay, acho que vocês nem perceberiam a diferença aqui no Facebook, no meu trabalho e do mesmo jeito que ninguém sabe o que faço entre quatro paredes, certamente ninguém saberia nada sobre a Roberta gay também;
Então, me diz: Se a Roberta fosse gay... o que isso mudaria sua vida, sua opção, ou o seu caráter? Mas... Pera! Vale à pena discutir isso?"

quinta-feira, 14 de setembro de 2017

#tavapensandoaqui que enfim chegaram os sessenta

#tavapensandoaqui que enfim chegaram os sessenta. Meus sessenta anos chegaram hoje. Ganhei lugar nos assentos preferenciais, entradas de graça em alguns eventos, vaga especial ao lado das entradas de Shoppings Centers e Supermercados, filas especiais. Que merda. Junto com isso chega a também chamada sabedoria. Sabedoria de não dar um soco na cara de um monte de sujeitos folgados que existem aqui nessa terra de ninguém na qual se transformou nosso país. A sabedoria impede de dar um tremendo murro na cara do sujeito por uma simples razão: hoje eles são maiores que a gente. Se der uma porrada num sujeito folgado desses, meu braço vai quebrar e se não quebrar com a cacetada que darei nele ele vai se voltar pra mim e me quebrar o braço e outra partes mais. E nós somos maiores que nossos pais, cuja idade que alcancei agora, muitos deles não chegaram com a saúde que tenho. Alguns nem chegaram vivos até aqui. Nessa idade que tenho nesse quatorze de setembro de dois mil e dezessete tenho muita história para contar. Vivi no tempo que a televisão produzia programas simples em preto e branco e que todas as pessoas acompanhavam. Programas de auditório e seriados estrangeiros além de tantos outros dominavam os horários nobres das três ou quatro emissoras de televisão que pegavam nas nossas casas com ou sem palha de aço na antena. Felicidade de jogar bola na rua com chuva ou sol, ralar o joelho no asfalto e passar mertiolate que ardia naquela época, ou quebrar a unha do dedão do pé e ir com ele para a escola, enfaixado com gaze vermelha do mercúrio cromo. Os pés dentro de um chinelo que não deixavam cheiro e não soltavam as tiras. A violeta genciana era utilizada para eliminar as herpes ou o bicho de pé que era adquirido ao andar descalço nas ruas de terra ou nas praias. A água era tomada da torneira depois de uma brincadeira de cabra-cega, pega-pega, amarelinha, pula-corda ou queimada. Os brinquedos soltavam as pequenas peças, eram verdadeiras armadilhas e sempre escapávamos delas. As balas não tinham furinho no meio, as canetas estouravam dentro dos bolsos dos adultos. Os jovens começavam a fumar com menos de quinze anos, fumavam dentro de casa, dentro dos restaurantes e nos escritórios. Isqueiros ou cinzeiros com belos desenhos ou belas imagens eram presentes ideais para se presentear como lembrança para um monte de gente depois de uma viagem para algum lugar distante. Águas de Lindóia, Serra Negra, Poços de Calda eram destinos distantes naquela época, pelo menos para mim que sou de Santos. Automóveis sem cinto de segurança e com toca-fitas de gaveta passaram pela minha vida. Belos tempos, belos dias. Agora sessenta. E a vida começa aos sessenta. Vamos em frente. Terceira idade, melhor idade, seja lá o que se chama hoje, chegou para ficar na minha vida. E passar. Como passaram os quinze, vinte, trinta, quarenta e cinquenta anos. Deus me guie. Tava pensando aqui...

sábado, 9 de setembro de 2017

#tavapensandoaqui em qual será o tamanho do seu troféu? Em palestras motivacionais escutamos por diversas vezes que o sucesso não acontece por acaso e nem acontece de um dia para outro. Vários exemplos históricos trazem este conceito e é efetivamente o diferencial para realização do seu sonho. A pergunta acima te desafia a pensar em qual será o tamanho do troféu que você quer colocar na sua estante. Ele será o símbolo de tudo o que você realizou na vida. Qual o legado que você deixa depois de partir? Como você quer ser reconhecido e lembrado? Que obras ficarão na Terra com a sua assinatura? Você quer o maior troféu no centro da sua estante ou um pequeno mimo de consolação esquecido no fundo de uma gaveta será o suficiente? E qual será o esforço necessário para alcançar o topo? Quais os sacrifícios necessários para concretizar o sonho? Quantas pessoas você vai deixar para traz para alcançar a sua meta? Você vai usar meios lícitos ou ilícitos para alcançá-la? Quantas questões. Para você se colocar no topo do pódio, os sacrifícios são imensos. Nenhum atleta de ponta está isento de dor e nenhum atleta de ponta desiste. Nenhuma conquista será conseguida sem luta, sem sacrifício, sem renúncias nem sem choro. Noites mal dormidas para estudar e conseguir um diploma serão recompensadas. Cada escolha será uma renúncia. É duro derrotar alguém que nunca se entrega. Perseverança é a arma de todo vencedor. O que te motiva? O que faz você levantar da cama e partir para a vitória? Além de tudo isso também será necessária uma dose de sorte. O que seria essa tão aclamada sorte? Sorte é estar no lugar certo na hora certa e para isso será preciso muito trabalho. Essa sintonia entre trabalho e sorte é atraída pelos seus pensamentos e pelo seu esforço. Pense vencer. Pense positivo. Exija o triplo e não o dobro. As opções são: vencer ou vencer. Meu ídolo do tênis certa vez acertou uma jogada difícil no penúltimo ponto de uma partida. Terminada a partida com a sua vitoria, o repórter lhe perguntou se ele treinava esse tipo de jogada e a resposta foi: ”Sim, treino muito e hoje finalmente acertei”. Um campeão tem presença de espírito, tem humor. Tem garra e tem talento. Tem esforço e tem foco. Qual o tamanho do seu troféu? O que você está fazendo da sua vida? Me procure. Sou Coach. Pense nisso. Tava pensando aqui...

Gostou? Deixe seu comentário e compartilhe. Curta essa página do Facebook - Tavapensandoaqui - com as minhas crônicas e compartilhe também! Compre meu livro pela internet (também em e-Book). Ajude a divulgar o meu trabalho. Um beijo do magro!

terça-feira, 5 de setembro de 2017

Tavapensandoaqui que vi um corpo estendido no chão

Tavapensandoaqui que vi um corpo estendido no chão. Ao descer do Metrô, no chão da plataforma, vi o corpo de uma mulher sendo atendida pelo prestativo pessoal do Metrô. Não sei se era nova ou velha. Com as pernas branquelas e um pouco roliças, jogadas ao chão, uma delas esticada e outra um pouco flexionada. Pés descalços, eu não vi onde estavam os sapatos. Eu caminhava por entre os passageiros que desciam do vagão do Metrô e via a cena por entre os corpos que se mexiam em direção à escada rolante. Vi no calcanhar da perna flexionada da vítima, uma tornozeleira preta sugerindo que tinha dores, inchaço, ou falta de firmeza na região do tornozelo. Os passageiros passavam por ela, olhando de relance sem parar. Duas pessoas estavam paradas em pé próximas a ela, um homem de meia idade com camiseta listada e uma moça mais nova e mais baixa que ele, cabelos pretos presos por alguma coisa de prender cabelo que eu não sei o nome. Não me deram a impressão de que fossem pessoas conhecidas da mulher caída. Além do funcionário que estava atendendo, outro funcionário da segurança do Metrô com seu cassetete pendurado à cintura dava cobertura para o atendimento. Na escada rolante vi alguns pescoços se virando em direção à cena para descobrirem algo mais e uma senhora cabelos loiros não desgrudou os olhos até que a escada chegasse ao topo. Pensei em ter uma visão melhor ao subir a escada e fui seguindo a fila para subir à dita cuja rolante tal qual o gado segue para o local do abate afunilando um a um até entrar pela porteira.  Dia de semana, horário de entrada ao serviço, composições sempre lotadas, as pessoas passavam e viravam o pescoço, para ver se viam o que estava acontecendo, mas não paravam, pois São Paulo é a cidade que não pode parar. A pessoa caída, pernas brancas, roliças, tornozeleira no calcanhar, vestido estampado levantado até à altura das coxas deixando à mostra um pouco da roupa íntima, seguia deitada no chão enquanto passávamos. Que planos teria essa mulher para hoje? Por que estaria naquela hora deitada no chão frio da plataforma? Estaria indo ao trabalho, ou procurar trabalho, ou indo a algum outro compromisso, visitar alguém, atender alguém? Tropeçou, teve um ataque epilético, sentiu-se mal por queda de pressão, por stress ou algum outro motivo? Será que bateu a cabeça, será que ficou inconsciente? Será que os planos do Universo eram outros para ela? O que ela deverá fazer ao recuperar sua consciência? Rever seus conceitos? Analisar as causas? Passaria pela sua cabeça rever os planos para o futuro devido a esse imprevisto ocorrido na plataforma do Metrô? Subo a escada rolante e viro o pescoço na direção da cena. Não consigo ver muita coisa e a escada chega ao topo. E se fosse você, a ter seus sonhos interrompidos bruscamente pelo Universo que discordou dos seus planos? A vida segue. Ainda bem que eu não prestei muita atenção. Tava pensando aqui..
.

Gostou? Deixe seu comentário e compartilhe. Curta essa página do Facebook - Tavapensandoaqui - com as minhas crônicas e compartilhe também! Compre meu livro pela internet (também em e-Book). Ajude a divulgar o meu trabalho. Um beijo do magro!

quarta-feira, 30 de agosto de 2017

Tavapensandoaqui na sinalização inútil

Tavapensandoaqui na sinalização inútil. Para que serve a placa “Trecho sujeito a neblina”, que vemos aqui nas estradas paulistas? Se estiver neblina, talvez você nem enxergue a placa. E se não estiver neblina? Outra idiotice é “Evite acidentes”. Boa. Sem isso eu provocaria acidentes propositadamente. Nas empresas em que trabalhei algumas pérolas são dignas de nosso povo de terceiro mundo. “Não faça xixi no chão” é um exemplo básico. Quem mija no chão propositadamente? Nem venham reclamar que homem faz isso, porque é uma calúnia. É que a mangueira do homem às vezes trabalha como o chuveiro do seu banheiro. Você já regou o jardim com aquelas mangueiras com o regulador de jato na ponta? Duvido que quando você abre a torneira o primeiro jato d’água sai direto na direção que você apontou. O princípio da mangueirinha do homem é o mesmo. Espero ter sido didático quanto a esse assunto na defesa do sexo masculino que tem o privilégio de urinar em pé. A placa “É proibido pisar na grama” lá no meio do gramado nos traz aquela velha dúvida: quem colocou a placa lá? Foi voando até o local? Nas ruas de São Paulo, temos “Trecho sujeito a alagamento”. Você estaciona pela manhã e na hora que cai a chuva seu carro vira a Arca de Noé boiando desgovernada até o córrego mais próximo, caso não bata em uma árvore ou poste. Outros são informações úteis e até de segurança. “Pedestre, atravesse na faixa”. Na rua onde trabalho nós enxergamos a faixa ao longo da rua toda. Todo trecho da rua é faixa. “Pedestre, aguarde o sinal verde”. O que? Aperto o botão verde e espero cinco minutos para atravessar? Ninguém faz isso. E ninguém acredita que o botão verde funcione para o sinal de pedestre abrir. Parece que os caras instalaram câmeras nas esquinas só para ficar vendo quantas pessoas apertam o botão para atravessar o sinal. Estou até vendo os controladores das câmeras conversarem dizendo “olha outra trouxa apertando o botão inútil”. O Metrô de São Paulo é campeão de alertas inúteis. “Antes de entrar no trem, deixe as pessoas saírem”. O que? E deixar o meu vizinho pegar a minha frente? Nem ferrando. “Tire as mochilas das costas para não incomodar aos outros passageiros”. A besta escuta aquilo e pensa “Ah, incomoda? Agora que não tiro mesmo! Vem tirar de traz de mim para ver só!”. “O volume de seu aparelho sonoro pode incomodar outros passageiros”. Mano, na boa, se o otário está com o fone de ouvido no máximo, vai escutar a mensagem como? “Na escada rolante, deixe a esquerda livre”. A pessoa lê e pensa, “Pô mano, sem preconceito, deixa a esquerda, a direita e o centro livre, nosso país é do bem!”. No Metrô do Japão os funcionários usam luvinhas brancas para apertar os passageiros nos vagões. Aqui no Brasil os funcionários deveriam usar luvas de Boxe para acertar certos passageiros, não é não? Tava pensando aqui...

quinta-feira, 24 de agosto de 2017

Tavapensandoaqui em domar meus animais interiores

Tavapensandoaqui em domar meus animais interiores. Tá dura a vida do brasileiro que deseja conviver no nosso país dentro da ética e do cumprimento das leis. Não só das leis que estão na nossa constituição, mas da lei da convivência entre nós, seres humanos. A preocupação com o vizinho, o cuidado com o próximo, o compartilhamento de espaço para que todas as pessoas gozem do mesmo conforto já não existe mais entre os seres desumanos deste país. Pela manhã, no Metrô, um homem com sua mochila nas costas, pouco se importa se com seu casco parecendo uma tartaruga ninja ele incomoda aos outros passageiros. Nem pensa em colocá-la na mão para permitir mais conforto aos demais. Tenho que passar por ele para descer na estação e meu tigre interior se manifesta e se agiganta inflando o peito e pronto para soltar uma tremenda patada na orelha do tonto, mas tenho que controlar meus instintos e mantenho meu animal na jaula. Um gordo na porta do Metrô ou um sujeito desprovido de magreza, caso algum defensor do politicamente correto queira encher meu saco, impede a passagem das pessoas que querem entrar e sair. Com seu fone de ouvidos enorme nas suas orelhas imundas, olha e mexe com seus dedos gordurosos em seu celular seboso, enquanto as pessoas desviam da sua nojenta pessoa para exercerem seu direito de ir e vir. O gordo, além de desprovido de magreza é desprovido também do mínimo de senso de convivência em sociedade. Desperta em mim meu urso interior, que se agiganta pronto para exercer um jogo de corpo igual ao que eu fazia nos meus tempos de zagueiro do futebol de várzea em Santos, mas minha consciência aprisiona também esse urso feroz dentro da jaula. Circundo o “rolha de poço” tal qual as águas de um rio que ao encontrar um obstáculo, sabiamente o circunda. Durante o dia, várias situações aprisionam minhas cobras, minhas águias e meus tubarões interiores. Falando em politicamente correto, estou de saco cheio de ser politicamente correto quando no meu país o político é totalmente incorreto, numa política onde só existem ladrões que protegem sua própria raça de roedores. A piscina cheia de ratos que é citada na música famosa, é fichinha perto da quantidade de ratazanas que infesta o Lago Paranoá em Brasília. E voltando para casa depois do dia de trabalho no mesmo dia, vejo um senhor chegar com seu neto (ou filho?) no vagão do Metrô em que estou e um educado cidadão oferece-lhe o lugar. E o desgraçado do velho (velho sim!), ao invés de se sentar, faz o seu menino ocupar o lugar oferecido. Meu lobo interior quase salta na jugular do velho, que com seu gesto ofende o cidadão que lhe cedeu o lugar e ainda ensina seu filho (neto?) que não existe lei nem respeito neste país. Como é duro manter a pele de cordeiro numa selva de ninguém. A Amazônia é aqui, no país inteiro. Haja paciência. Tava pensando aqui...

sábado, 19 de agosto de 2017

Tavapensandoaqui se eu morresse hoje

Tavapensandoaqui se eu morresse hoje. Isso me levou a pensar em como eu teria morrido? Você já pensou na morte? Morrer não existe, eu creio que é apenas questão de ponto de vista. Quer ver? Digamos que você tem um mal súbito e caia no meio da rua. Ao abrir os olhos você vê um monte de rostos olhando sua cara, significa então que você está vivo. Se ao contrário, você abrir os olhos e, de cima, ver um monte de nucas olhando para a sua cara no chão, você foi para outra. Mas continua vivo. Ou morto. É uma questão de ponto de vista, não falei? Mal súbito ou morrer em uma cirurgia me parece bem tranquilo. A anestesia faz efeito e “puf”, você foi. Morrer dormindo deve ser legal também, mas acho que essa benção cabe apenas aos puros de alma. Meu avô materno morreu assim, bem velhinho. Estou longe disso. Estou longe de ser puro de alma e de ser velhinho. Uma vez fiz a leitura de um livro sobre esse tema com o intuito de fazer uma análise sobre como o autor escrevia. O autor criou um cenário onde os bichinhos da terra comiam o fulano que foi enterrado e conversavam com ele até comerem todo o corpo. Era uma reflexão sobre a vida do morto, achei interessante. Mas depois disso achei que era bom eu optar pela cremação, pois me senti claustrofóbico na narrativa. O morto estava dentro do caixão conversando com os bichinhos, eu iria morrer se me acontecesse isso. Senti-me com falta de ar. Se bem que eu estaria morto, portanto, achei que nesse caso eu havia criado um paradoxo. Medo de morrer estando morto. Outros autores escrevem sobre a saga do morto após a morte, passando pelas penitências que devem ser vividas, ou morridas, sei lá, até atingir o paraíso. Outra abordagem que eu acho legal é pensar em quem estaria do outro lado esperando por nós. Isso é claro, caso você acredite que haja continuidade da vida após a vida aqui neste planeta azul. Será que é o Pedrão que recebe a gente lá do outro lado, conferindo quem entra no céu e quem vai para o inferno, com planilha Excel e tudo? Será que morrer é a oportunidade que temos de ver novamente os entes queridos que nos deixaram? Se há uma certeza na vida é a certeza que todos vamos morrer. E se há uma dúvida que ninguém tem uma resposta é a dúvida da existência da vida após a morte terrena. Pensando em como terminaria minha passagem por esse planeta, só sei que no meu epitáfio, que é aquilo que escrevem na nossa tumba, túmulo, seja lá o que for, estaria escrito: “Eu estava aqui de passagem, a gente se vê por aí. Fui!”. Não é? Tava pensando aqui...

terça-feira, 15 de agosto de 2017

Tavapensandoaqui que a leitora quer saber.

Relembrando a crônica do livro.

Tavapensandoaqui que a leitora quer saber.

Perguntas das leitoras e respostas do sábio guru

Alguns anos atrás eu trabalhava ao lado de um amigo e conversávamos sobre tudo. Bom papo sempre.
Numa época em que por coincidência nós dois estávamos fazendo exames de saúde daqueles para verificar uma dorzinha aqui e outra ali, falamos que a espera pelo atendimento era muito chata e falei para ele que eu costumava me divertir lendo as revistas de modas e fofocas.
Meu interesse era nas colunas de conselhos sentimentais. Ele achou engraçado e também começou a se distrair com as revistas. Dávamos boas risadas com os questionamentos das leitoras.
Nessa época as empresas utilizavam um aplicativo de comunicação interna. Era neste aplicativo que se trocavam pequenas mensagens entre os colaboradores. A maioria das vezes a comunicação era para discutir e resolver problemas relativos ao serviço. Hoje isso é comum nas empresas e o comunicador funciona igual ao Whatsapp.
Eu e o amigo conversávamos sobre trabalho por esse aplicativo interno e algumas vezes o utilizávamos para conversas mais amenas.
Algumas vezes ele me chamava dizendo “a leitora quer saber”. Eu respondia “manda”. Ele dizia “a leitora escreve: Eu saí com um cara e ele prometeu me ligar no dia seguinte e faz três meses que ele não me liga. Será que ele não gosta de mim? Assinado: Iludida do Grajaú”.
Eu respondia “Cara Iludida, o celular do seu namorado extraviou ou foi roubado e ele pode até estar machucado em estado grave sem poder se comunicar. Mas pode ter certeza que ele deve estar procurando desesperadamente por você. Todo homem cumpre a promessa que faz. Se ele prometeu ligar ele vai te ligar. Espere mais um ano e meio para ter certeza que ele não vai mais te achar. Mas ele te ama. Assinado: Guru do Amor”.
Passava um tempo e surgia outra dúvida da leitora. Meu amigo me chamava de novo “a leitora quer saber”. Eu respondia “manda”. Ele dizia “a leitora escreve: Caro Guru do Amor, meu marido tem falado o nome de Paula enquanto dorme. Meu nome não é Paula. Quando eu o acordo ele diz que não se lembra de nada. Tenho desconfiança de que ele está me traindo. O que me aconselha? Assinado: Desconfiada da ZL”.
Eu respondia “Cara Desconfiada não se torture, pois todo homem é fiel. Na verdade o seu nome poderia ser Paula em uma vida passada. Alguns homens tem o poder de acessar memórias de vidas passadas. Confie no seu marido, ele é um santo e tem este poder especial. Assinado: Guru do Amor”. Em outro dia aparecia mais dúvida da leitora.
Meu amigo novamente me chamava “a leitora quer saber”. Eu respondia “manda”. Ele dizia “a leitora escreve: Caro Guru, meu marido tem chegado muito tarde dizendo que tem muito serviço no escritório. Eu faço a comida com todo o carinho, mas ele não tem vontade de comer. Será que ele está comendo fora? Assinado: Cozinheira Zona Sul”.
Eu respondia “Cara Cozinheira, ele está comendo fora com certeza. Eu entendo disso porque tenho muito serviço aqui na revista. Quando é preciso ficar até mais tarde no serviço os homens costumam pedir pizza para poder suportar o trabalho duro. O coitado do seu marido tem que comer pedaços de pizza fria e borrachuda sonhando com o seu maravilhoso jantar. Mas ele se sacrifica para trazer o sustento para o lar. Abrace-o quando ele chegar e não se importe se perceber um perfume ou um batom no colarinho, pois quando o homem trabalha até tarde algumas coisas desse tipo costumam acontecer. As coisas no trabalho ficam muito confusas e homens entram no banheiro feminino, as mulheres entram no masculino e um esbarra no outro e sempre ocorrem acidentes. Todo homem que trabalha duro precisa de carinho e compreensão da dedicada esposa. Assinado: Guru do Amor”.
Uma nova dúvida da leitora e ele me chamava “a leitora quer saber”. Eu dizia “manda”. Ele dizia “a leitora escreve: Caro Guru, meu namorado e eu estamos 17 anos juntos e sempre que falo em casamento ele me diz que vamos nos casar assim que a situação melhorar. Estou com quase 40 anos e eu tenho medo que ele não queira se casar. Estou ficando sem paciência. O que faço? Assinado: Impaciente do Irajá”.
Eu respondia “Cara Impaciente, a situação não está fácil para ninguém. Não se desespere. Espere mais uns 12 anos para ver se a situação melhora. Até lá trate seu namorado com bastante carinho para ele continuar feliz ao seu lado e não fale em casamento porque ele pode ficar bravo com você. Assinado: Guru do Amor”.
E assim a gente ia levando a árdua rotina do trabalho na empresa e aproveitando para fazer um serviço de utilidade pública esclarecendo as dúvidas das leitoras.
E você? Qual a sua dúvida? Mande sua pergunta para o correio sentimental e receba a orientação profissional do Guru do Amor. Tava pensando aqui...

sábado, 12 de agosto de 2017

Tavapensandoaqui que tenho dificuldades com as escolhas

Tavapensandoaqui que tenho dificuldades com as escolhas. Estou na frente do computador. “Como você está se sentindo?”, pergunta-me o Facebook na hora que eu abro a rede social. Eu respondo, “sei lá, quais as opções disponíveis?”. Tem um monte de carinhas disponíveis para eu me guiar. Creio que sou racional demais para me sentir com algum sentimento logo que abro a rede social. Agora estou sentindo dor na panturrilha esquerda, devido à partida de tênis jogada pela manhã. Terei problemas para andar nos próximos dias. Deixa-me procurar na lista do Facebook se tem “dor na panturrilha esquerda” como opção. Viu? Não tem, foi o que pensei. Outra possibilidade: acho que estou sentindo-me pensativo, talvez. Pensativo é um sentimento? Preciso de listas para me posicionar perante alguma coisa. O que você prefere? Tenho problemas em responder isso. Quem é o melhor jogador de futebol dos últimos tempos? Não sei. Qual o critério? Acho que é aquele que fez mais de mil gols, portanto é o melhor, caso encerrado. Além disso, ele foi do meu time, então o caso está encerrado duas vezes. Preciso de lista, de uma lista que me diga quais os critérios de escolha e quais as opções disponíveis. Se eu fosse um jurado de programa de TV seria o cara que ficaria em cima do muro e para todos daria a nota nove. Como vou saber se o primeiro a se apresentar é o melhor? Eu ainda não vi os candidatos seguintes para dizer que o primeiro é melhor. Recentemente respondi um questionário onde me perguntavam sobre um filme que marcou a minha vida. Veja a minha dificuldade em escolher o melhor filme que já assisti: de qual categoria? Ficção? Ação? Aventura? Romance? Comédia? Qual a diferença entre ação e aventura? Começo a ter problemas neste ponto. O que eu almejo para o futuro? Sei lá, quais as opções? Acho que sempre me dei bem com múltiplas escolhas. Vou eliminando as alternativas até ficar com o mínimo possível. Você prefere praia ou campo? Nessas horas minha primeira alternativa é “nenhuma das anteriores”, prefiro que não me façam perguntas. Eu gosto de gente determinada, aquela pessoa que responde “na lata” que adora praia. Então eu pergunto a essa pessoa determinada, se uma passagem pelas montanhas numa pousadinha com lareira e um fondue de queijo ou de chocolate não seria legal. E então a pessoa determinada responde na mesma hora que “ah, isso também gosto”. Isso é que é determinação, não é mesmo? Tudo tem sua atração, tudo tem seu lado cara ou coroa, como as moedas. Às vezes a moeda cai em pé. Já testemunhei isso acontecer quando eu jogava futebol de praia. A moeda ficou em pé na areia dura da praia de Santos, mais precisamente nas areias próximas do canal zero. Escolhas. Vou por aqui ou por ali? Sempre temos que escolher algo, achar algo, sentir algo. Vamos para o happy hour? Onde? Difícil escolher. Ninguém crava a opção na primeira vez. Vamos fazer um churrasco ou um almoço para reunir a família? Difícil escolher. E se a escolha estiver errada? Culpa sua, você que escolheu essa pizzaria lotada, eu queria ir àquela Temakeria. Escolhas, ó dúvida cruel! E você, como se sente em relação às escolhas? Tava pensando aqui...

quarta-feira, 9 de agosto de 2017

Tavapensandoaqui sobre os felizes.

Tavapensandoaqui sobre os felizes. Texto maravilhoso de Socorro Acioli, Cearense, cuja obra eu desconhecia. Gostei demais então colei aqui, vale a pena ler. "Sobre os felizes"
Existem pessoas admiráveis andando em passos firmes sobre a face da Terra. Grandes homens, grandes mulheres, sujeitos exemplares que superam toda desesperança. Tenho a sorte de conhecer vários deles, de ter muitos como amigos e costumo observar suas ações com dedicada atenção. Tento compreender como conseguem levar a vida de maneira tão superior à maioria, busco onde está o mistério, tento ler seus gestos e aprendo muito com eles.
De tanto observar, consegui descobrir alguns pontos em comum entre todos e o que mais me impressiona é que são felizes. A felicidade, essa meta por vezes impossível, é parte deles, está intrínseco. Vivem um dia após o outro desfrutando de uma alegria genuína, leve, discreta, plantada na alma como uma árvore de raízes que força nenhuma consegue arrancar.
Dos felizes que conheço, nenhum leva uma vida perfeita. Não são famosos. Nenhum é milionário, alguns vivem com muito pouco, inclusive. Nenhum tem saúde impecável, ou uma família sem problemas. Todos enfrentam e enfrentaram dissabores de várias ordens. Mas continuam discretamente felizes.
O primeiro hábito que eles têm em comum é a generosidade. Mais que isso: eles têm prazer em ajudar, dividir, doar. Ajudam com um sorriso imenso no rosto, com desejo verdadeiro e sentem-se bem o suficiente para nunca relembrar ou cobrar o que foi feito e jamais pedir algo em troca.
Os felizes costumam oferecer ajuda antes que se peça. Ficam inquietos com a dor do outro, querem colaborar de alguma maneira. São sensíveis e identificam as necessidades alheias mesmo antes de receber qualquer pedido. Os felizes, sobretudo, doam o próprio tempo, suas horas de vida, às vezes dividem o que têm, mesmo quando é muito pouco.
Eu também observo os infelizes e já fiz a contraprova: eles costumam ser egoístas. Negam qualquer pequeno favor. Reagem com irritação ao mínimo pedido. Quando fazem, não perdem a oportunidade de relembrar, quase cobram medalhas e passam o recibo. Não gostam de ter a rotina perturbada por solicitações dos outros. Se fazem uma bondade qualquer, calculam o benefício próprio e seguem assim, infelizes. Cada vez mais.
O segundo hábito notável dos felizes é a capacidade de explodir de alegria com o êxito dos outros. Os felizes vibram tanto com o sorriso alheio que parece um contágio. Eles costumam dizer: estou tão contente como se fosse comigo. Talvez seja um segredo de felicidade, até porque os infelizes fazem o contrário. Tratam rapidamente de encontrar um defeito no júbilo do outro, ou de ignorar a boa nova que acabaram de ouvir. E seguem infelizes.
O terceiro hábito dos felizes é saber aceitar. Principalmente aceitar o outro, com todas as suas imperfeições. Sabem ouvir sem julgar. Sabem opinar sem diminuir e sabem a hora de calar. Sobretudo, sabem rir do jeito de ser de seus amigos. Sorrir é uma forma sublime de dizer: amo você e todas as suas pequenas loucuras.
Escrevo essa crônica, grata e emocionada, relembrando o rosto dos homens e mulheres sublimes que passaram e que estão na minha vida, entoando seus nomes com a devoção de quem reza. Ainda não sou um dos felizes, mas sigo tentando. Sigo buscando aprender com eles a acender a luz genuína e perene de alegria na alma. Sigamos os felizes, pois eles sabem o caminho...

(Autora: Socorro Acioli - Escritora)