Tavapensandoaqui no comentarista
da rádio de notícias. Eu gostava de escutar seu comentário diário no rádio do
meu carro, quando saia de casa para o trabalho há alguns anos atrás. Ele
descrevia durante uns 3 minutos mais ou menos, situações do mundo corporativo
com muito bom humor. Eu mesmo já havia vivenciado diversas situações que ele
descrevia e ele também respondia perguntas dos ouvintes sobre essas situações. Embora
gostasse de ouvi-lo eu perdia seu comentário por diversas vezes e por vários
motivos. Às vezes eu chegava ao carro e o comentário já havia acabado ou eu
escutava seu bordão final se despedindo dos ouvintes “Fulano de Tal, para a
Rádio XPTO”. Às vezes eu entrava no carro e a rádio sintonizada era de música e
quando eu me tocava, estava ouvindo música na hora que ele fazia o comentário e
quando eu colocava na rádio de noticia, escutava seu bordão clássico, “Fulano
de Tal, para a Rádio XPTO”. Outras vezes eu parava para abastecer e quando
voltava ao carro escutava “Fulano de Tal, para a Rádio XPTO”. Por vezes parava
no caminho para o café da manhã que eu havia deixado de tomar em casa e ao
voltar ao carro escutava “Fulano de Tal, para a Rádio XPTO”. Um dia lembrei que estava quase na hora do
comentário e dei uma “agilizada” na rotina de sair de casa no intuito de chegar
ao carro no primeiro subsolo do meu prédio em tempo de ouvir seu comentário por
completo. Eu moro no nono andar, saí, fechei a porta do apartamento e apertei o
botão do elevador. Tempo de espera um pouco acima do normal e ao chegar ao meu
andar o elevador já estava com um casal com seu bebezinho no carrinho, indo
para o térreo. Entrei no elevador. Bebê lindinho, cuti, cuti, cuti, que fofo.
No quinto andar outra parada, um casal de terceira idade olhou para nós e perguntou
“cabem mais dois?”, naquela maneira singela de velhinhos fofinhos falarem.
Certo, cabem é claro, confirmou sorridente o casal de papais do bebê cuti,
cuti, cuti. O senhorzinho entrou e disse “vem mulher, fecha a porta que estamos
esperando” disse ele enquanto segurava a porta do elevador. Entrou a senhorinha
e seguimos viagem. O casal terceira idade mexeu com o bebezinho, “que lindinho,
cuti, cuti, cuti”. No térreo, descem o casal com seu bebe. “Cuti, cuti, cuti”
se despediram os velhinhos que tiveram que sair primeiro do elevador para o
casal sair com o carrinho e voltaram para o elevador, pois iam para o andar da
garagem abaixo do meu. Cheguei à minha garagem, liguei o carro e escutei
“Fulano de Tal, para a rádio XPTO”. Cuti, cuti, cuti, que gracinha. Perdi mais um
comentário. “Serginho para o #tavapensandoaqui”. Cuti, cuti, cuti. Tava
pensando aqui...
Gostou? Deixe seu comentário e compartilhe. Sou Sergio Nogueira, Coach,
Cantor, Escritor. Curta minha página do Facebook - Tavapensandoaqui - com as
minhas crônicas! Compre meu livro pela internet (também em e-Book). Compre
comigo através do INBOX ou WhatsApp (11) 99347-7662. Ajude a divulgar o meu
trabalho. Um beijo do magro!