sábado, 24 de março de 2018

Tavapensandoaqui no meu punho quebrado

Tavapensandoaqui no meu punho quebrado. Quebrei o punho apenas, sem gravidade e sem que o osso saísse do lugar, jogando o sagrado futebol Society de domingo. Uma simples imobilização com gesso desde o cotovelo, feita no dia seguinte, vai resolver a parada depois de trinta ou quarenta dias. A jogada foi assim: recebi a assistência do companheiro, corri para chutar em gol, lado esquerdo da área (sou canhoto), um adversário chegou junto na corrida e perdi o pé de apoio quando ele me tocou, então rolei em direção à grade de proteção. Eu aprendi a cair, fiz artes marciais durante uns anos, andei de Motocross, tenho agilidade apesar da minha atual idade (sessenta) e me machuco raramente praticando esportes. Porém nesse caso, fiquei no ar sem o pé de apoio e entre o choque com o defensor e o alambrado havia no máximo cinco passos, ou seja, área de escape reduzida, quase nenhuma. Rolei e bati com toda velocidade no alambrado, cabeça bateu primeiro depois o corpo bateu, de modos que eu não sei se o pulso quebrou ao rolar ou ao me proteger no momento da batida na grade. Por uns dez centímetros eu não bati em um dos postes de ferro que seguram o alambrado. Se eu batesse nesse poste na velocidade que eu rolei, o acidente teria sido grave. Eu costumo postar algumas fotos do futebol, quem já viu conhece a quadra em que eu jogo. Se a jogada acontecesse no outro lado do campo, eu teria ido direto ao muro, não tem alambrado naquele lado. Como diversos companheiros do jogo são médicos, acho que teria socorro adequado. Mas como diria um amigo meu “se minha mãe tivesse rodinhas, seria um carrinho de supermercado” (profundo isso), o “Se tal coisa... blá blá blá” não entra em nossas vidas. Fiquei quieto depois da queda, percebendo meu corpo e vendo se o estrago era muito. Claro que os amigos socorreram e a jogada foi normal, não houve nenhuma intenção maldosa por parte do amigo, além da intenção de evitar o gol. Levantei com dor no pulso, continuei jogando e joguei outra partida depois. Considerando que o acaso não existe, tudo aconteceu do jeito que deveria acontecer, então qual seria o recado do Universo pra mim? Bem que o Universo poderia atualizar seu sistema de comunicação conosco, enviando um e-mail ou uma mensagem de texto ao invés de fazer a gente bater a cabeça na grade. Ele mandaria uma mensagem de voz, tipo “pare de jogar bola nos próximos 40 dias e vai cuidar do que é importante na sua vida, senão...”. Esse “senão...” seria uma espécie de aviso amigo, aquele chinelo na mão da mãe, lembra-se disso? Mas o Universo é bem grandinho, deve saber fazer as coisas direitinhas. Se você, assim como eu, é uma pessoa comum, um filho de Deus nessa canoa furada, remando contra a maré (Rita Lee, amo), recebeu também esse recadinho para pensar, pare e pense nisso. Ou pense andando mesmo. Ahh, não perca minha próxima crônica “fazendo xixi em pé no banheiro do shopping com o braço engessado”. Aguarde. Tava pensando aqui...

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quarta-feira, 21 de março de 2018

Tavapensandoaqui nos ovos da Páscoa


Tavapensandoaqui nos ovos da Páscoa. Todo ano o “mi-mi-mi” é sempre o mesmo, em torno do horário de verão, do Natal capitalista que esquece o nascimento de Jesus, do Carnaval ópio do povo alienado e do BBB. Agora é a época de meter bronca nos preços dos ovos do coitado do coelhinho, que nem botar ovos ele bota. Com o valor de um ovo “XXX” você compra umas tantas caixinhas ou barras do mesmo chocolate. Então tá, comprem as tantas caixinhas ou barras e desenhem os pés do coelhinho com farinha pelo chão da sala e depois mandem seus sobrinhos de três a sete aninhos encontrarem o coelhinho... Nem preciso dizer o que os peraltas vão dizer ao achar o chocolate. Passei hoje pela loja de chocolates onde sempre tomo meu café expresso, que eles param de servir às vésperas da Páscoa para venderem mais ovos e fiz uma comparação com um chocolate que admiro muito, o “língua de felino”. Por orientação da minha mulher eu não escrevo diretamente as marcas para evitar ser processado por elas devido à grande importância e divulgação que as minhas crônicas têm. É chato ser famoso. Comparei o tal do ovo de língua com as caixinhas de línguas. Caixinha tem 70 gramas, custa R$9,90. Ovo tem 250 gramas custa R$37,90. Fazendo cálculos aproximados, o preço do ovo é praticamente o mesmo das quatro caixinhas, sai mais barato até em termos de valores, mas com 30 gramas a menos. Sendo assim, comprar esse ovo de língua, especificamente, que vem embalado numa caixa enorme, vermelha, decorada e em formato de ovo seria uma ótima compra para dar de presente. Ovos de Páscoa sempre são mais caros que o mesmo volume de chocolate e há razão para serem mais caros. A linha de produção das fábricas sofre alteração para atender a demanda. A logística muda, novos colaboradores são contratados temporariamente e isso envolve custos adicionais. A confeiteira caseira compra as barras de chocolate e as transforma em ovo. Para ter lucro ela é obrigada e vender pelo preço que compense o trabalho que teve para fazer os ovos. A embalagem dos ovos é toda trabalhada para fazer os olhos das pessoas brilharem ao abrir o presente. Isso mesmo, os ovos de Páscoa não são simples barras de chocolate transformadas. São presentes e como tal trazem embutidos em seu interior a magia de uma lembrança carinhosa de alguém que se importa com você. A época é de festa, comemora-se uma tradição religiosa. Você presenteia ovos de Páscoa, você não compra para si próprio. Portanto, leve para sua namorada um ovo de Páscoa, pois aposto que se você levar quatro barras de “Diamante Escuro” para ela dizendo que fez um ótimo investimento, ela vai se sentir orgulhosa e admirada com seu controle financeiro e tino comercial e vai servir aquele jantar especial que fez para comemorar a noite romântica com todo o prazer e carinho. Se for um jantar à luz de velas, cuidado para não se queimar. E pare de reclamar do BBB, mude de canal e deixe de ser chato. Tava pensando aqui...
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quarta-feira, 14 de março de 2018

Tavapensandoaqui na minha época de massagista



Tavapensandoaqui na minha época de massagista. Quando atuei na massagem, comecei com um curso de Massagem Oriental, que era uma adaptação do Shiatsu para o jeito do brasileiro. Acredito até que foi uma boa sacada, pois o Shiatsu apertava os pontos doloridos do paciente e na Massagem Oriental que aprendemos nós usávamos Acupressura. Seria mais ou menos uma versão do bate e assopra. Eu gostei tanto deste estilo que me envolvi e durante 6 anos eu atuei nessa área, dando aula, montando escola, abrindo consultório e divulgando a técnica com workshops e palestras. Aprendi Quiropraxia, Reiki, Acupuntura e mais algumas técnicas que apareceram. Quando eu atendia, escolhia uma delas para cada problema que o paciente apresentava. Acontece que durante esses 6 anos novas técnicas foram surgindo e continuam a se multiplicar e quando as coisas se misturam fica complicado acreditar que a coisa funciona, perde a credibilidade. Abandonei a profissão depois de ver que os alunos começavam a vir nas aulas de massagem e perguntavam sobre cores, música, odores, incensos, posição das estrelas, numerologia, etc. Nesse ponto imaginei a seguinte situação do paciente de um terapeuta que deseja usar tudo o que aprendeu. O paciente chega ao consultório cuja porta tem um Baguá e dentro tem sinos, Mandala e um cristal pendurados na janela, para vibrar as energias positivas. O Feng Chui é aplicado no posicionamento dos cômodos. O paciente adentra o recinto e é recebido pelo profissional: “Olá, tudo bem, entre.”. “Hummm, escuro aqui né”. “Sim, tenho luzes especiais para ajudar no tratamento”. “Ah tá. Cheirinho bom, né”. “Sim, aplico aromas específicos para movimentar as energias”. “Ah, sei, mas parece meio nublado aqui,”. “Sim, tenho um incenso especial para trazer paz ao ambiente”. “Sei, legal. Barulhinho interessante esse de água”. “Sim, tenho uma fonte elétrica trazida da Índia, decorada com elefantes, para trazer o barulho das cachoeiras”. “Nossa, o que é esse som, parecem baleias”. “Sim, uma musica ambiente de relaxamento toca ao fundo também trazendo os sons da natureza. Deite-se na maca, por favor, vamos iniciar”. O paciente deita-se de bruços, confortavelmente. O terapeuta diz: “Vou lhe passar o óleo artesanal feito com as energias da Floresta Negra da Alemanha”. “Puxa, foram até a Alemanha buscar esse óleo?”. “Ah não, foi feito com a energia da Floresta Negra que fica aqui no sul mesmo, mas as árvores vieram da Floresta Negra original”. “Ah tá. Humm, o que é isso quentinho nas minhas costas?”. “São pedras que são colocadas para liberar as energias ruins”. “Ah tá. Heiii, o que é isso?“. “São ventosas que retiram o sangue ruim acumulado”. “Ai, meu pé! E agora o que é isso?”. “Agulhas, para liberar os canais de energia. Relaxe”. Um estalo se faz ouvir. “Ai! Ai!”. “Sua vértebra estava fixada, apliquei Quiro.” “Ahhh, e agora, suas mãos aqui na minha cabeça?”. “Nossa, como você faz perguntas. Atrapalha o fluir das energias. É Reiki, depois vou aplicar um passe. Fica quietinho, fica.” Terminando a sessão, o cliente sai totalmente renovado e cheirosinho, com alguns hematomas leves. Pensando bem, acho que eu vou procurar um tratamento assim, acho que vou gostar. Saudades desse tempo. Relaxei só de escrever. Desculpe o exagero, essa é uma obra de ficção. Tava pensando aqui...
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