sábado, 31 de dezembro de 2016

Tavapensandoaqui na minha retrospectiva 2016

Tavapensandoaqui na minha retrospectiva 2016. Ano de crise, em que o emprego estaria em risco. Minha demissão (e de muitos mais) em 2016 era certa. Crise é oportunidade de mudança. Como não sou quadrado, comecei a me virar. Por isso fiz de 2015 o ano para mudar minha vida. Aproveitei enquanto eu estava empregado, para investir em mim. Contratei consultoria de moda e imagem para que minha presença se tornasse forte. Contratei aulas de dança para acompanhar o ritmo das mudanças. Contratei Pilates para flexibilizar minha postura diante do mundo. Contratei Coach para que meus objetivos se tornassem claros. Investi em diversos eventos para me aperfeiçoar e me tornar presente. Networking em alta. Criei um Blog e uma página no Facebook, que mantenho regularmente, com as minhas crônicas. Contratei uma Editora para que meu livro se transformasse em realidade. Descobri amigos que estavam cantando e contratei aulas de canto para que minha voz se tornasse nítida. Logo após minha demissão em janeiro de 2016, como previsto, um amigo ofereceu-me, em pleno Carnaval, uma oportunidade de trabalho na área de saúde, para que eu pudesse colocar em prática a minha experiência de vida e de carreira. Tornei-me consultor. Pouco depois fui fazer parte do grupo vocal comandado pela minha professora, o que me levou a cantar e me apresentar ao vivo acompanhado de músicos e cantores profissionais. Tornei-me cantor, trazendo novos amigos para minha vida. Lancei em maio o meu livro de crônicas, #tavapensandoaqui, descrevendo minha vida e meus pensamentos, que foram escritos nos dois anos anteriores. Contratei divulgação profissional, espaço em livraria na Avenida Paulista-SP, serviço de Buffet e fotografia para oferecer aos amigos um evento do qual eles tivessem orgulho de comparecer. Lancei novamente o Livro em Santos para que a família e amigos estivessem ao meu lado. Tornei-me escritor e trouxe para meu lado muita gente que concorda com minhas idéias ou que discordam, porém não me julgam por conta dessa divergência. Entrei para uma ordem maçônica, cujos ensinamentos devem enriquecer meu conhecimento. Comecei meu próprio empreendimento também neste final de ano, representando produtos que ajudam a retardar o envelhecimento, uma linha completa para manter-se jovem na mente e no corpo. Estou velho para novas empreitadas? Ficar velho é inevitável, mas agir como um velho é opção. Mantenho a saúde praticando tênis e futebol semanalmente. Eu não realizei tudo isso sozinho. Busquei a ajuda de profissionais, amigos e consegui ter ao meu lado gente competente que me deu a mão em todas as realizações. Lembro de todas elas e agradeço cada oportunidade que eu tive. O copo com água até a sua metade nada mais é que um copo que tem água até a sua metade. Se ele está meio cheio ou meio vazio é questão de interpretação. Falar que o copo está meio cheio para pensarem que você é otimista não vai mudar nada na sua vida. A sua atitude positiva tem que acontecer junto com seu pensamento. É assim que segue a vida. Momentos de crise levam à inovação, para pensar em coisas novas e se reinventar. O ano de 2017 está aí. Eu tenho meus planos e coloquei em prática. Formarei-me Coach em janeiro. Tenho planos para criar meu canal na internet e meu estúdio de gravação. Stand Up continua nos planos. Já estou me preparando para fazer palestras e para dar aulas e consultoria. Meu segundo livro continua a ser escrito. E pode ser diferente das crônicas. Surpresas à vista. E você, viu 2016 sob qual ponto de vista? Se você não se mexer, ninguém vai fazer isso por você. Que tal tirar a bunda da cadeira e criar um novo mundo? Comece a mudar o mundo mudando suas atitudes. Como eu posso te ajudar? Vamos nessa? Feliz 2017! Tava pensando aqui...

domingo, 25 de dezembro de 2016

Tavapensandoaqui no aniversário de Jesus

Tavapensandoaqui no aniversário de Jesus. Se o aniversário é dele, por que temos que dar presente para todo mundo? Ele nem nasceu nesse dia segundo me consta. Acho que não tinha cartório muito próximo nessa época, o pai dele não devia saber exatamente a data, sei lá. Eu voltei de viagem nessa véspera desse Natal, estava no Chile em férias com a família e no dia anterior, dia 23, escutei uma conversa enquanto esperava a troca da guarda no Palácio La Moneda em Santiago. Uma daquelas guias que ficam oferecendo os pacotes de turismo abordou duas turistas brasileiras de Santa Catarina que estavam ao meu lado apoiadas na grade que separa o público do local onde os guardas efetuam a troca. Eu mesmo contratei dois passeios no Chile depois de ser abordado por esse pessoal e gostei do serviço, tanto que contratei com eles o translado para o aeroporto que foi feito na madrugada do dia 24. Muitos brasileiros visitam o Chile e muitos brasileiros trabalham lá como guias turísticos. A quantidade de brasileiros é tão grande que a banda que acompanha a troca da guarda tocou “Aquarela do Brasil” durante a cerimônia em homenagem aos brasileiros. Os chilenos conseguiram aplausos calorosos de todos os presentes pela manifestação de carinho.  Eu tenho uma tática para recusar o convite quando me abordam para oferecer passeios que é simplesmente dizer “estou indo embora hoje, obrigado”. Aprendi a falar isso sem ficar vermelho pela mentira, que no último dia vira uma verdade, não é mesmo? Fica simpático e dá para dizer isso com um sorriso no rosto. Mas voltando à guia da qual eu estava falando, ela ofereceu o pacote para as catarinenses, não foi bem sucedida e iniciou um papo sem maiores pretensões com as duas. O papo estava legal entre elas, tive até vontade de participar, mas me segurei e só fiquei escutando. A moça que era guia disse que seu aniversário era dia 25 de dezembro. Até aí, todos nós temos parentes e amigos que fazem aniversário nesse dia ou então próximo do Natal e sabemos que a maior reclamação deles é que só ganham um presente ao invés de ganhar um presente pelo aniversário e outro pelo Natal. Claro que tem um monte de gente que compra dois presentes porque sabe dessa situação, mas a maioria compra mesmo um só presente para o aniversariante. Para mim a novidade da situação foi sobre a festa de aniversário, porque eu nunca tinha prestado atenção nesse fato. Quando fazemos nossa comemoração de aniversário nós convidamos as pessoas para festejar em um mega Buffet ou na humilde residência. Mesmo as pessoas que fazem aniversário nos meses de férias fazem festinhas e conseguem receber alguns amigos que não viajaram e pessoas da família na sua festa de aniversário. Mas para quem faz aniversário no dia 25 de dezembro, como é que vão convidar amigos e parentes para sua festa de aniversário? Como conseguir que os amigos compareçam no seu aniversário no salão de festas do prédio? Cortou-me o coração quando a guia disse que até chegou a ter a família reunida em um aniversário, mas que os parentes vieram de longe e ficaram alguns dias para passar o Natal e não para passar o aniversário com ela. Ó dó. Tava pensando aqui...

sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

Tavapensandoaqui no café de Santiago

Tavapensandoaqui no café de Santiago. Aqui no Chile, de onde escrevo hoje. Faz dois dias que chegamos aqui. Estou atrás de tomar um café expresso decente. Minha relação com café no estrangeiro é sempre conturbada. É que eu uso o fato de gostar de café para ir conhecendo os lugares por onde passo. Eu sempre procuro as cafeterias, padarias, bares e restaurantes e peço café. Nesse meio tempo, posso aproveitar para usar o banheiro do local, ver se tem um bom atendimento, pergunto sobre os pontos próximos onde eu possa fazer turismo. Não é só o fato de tomar café e sim o fato de estreitar as relações entre os países. Ano passado em Roma foi uma saga eu tentar tomar um café italiano. Já contei. Agora a saga é aqui no Chile. Aqui em Santiago o negócio está feio. Geralmente eu chego às cidades, peço pelo café e fico esperando para ver como o café será servido. É uma forma de ver como são os costumes. Eu peço pelo expresso tradicional e aí eu começo a observar como as coisas funcionam. Vejo se posso pedir diferente, vejo se o local entende de fazer o café, coisas desse tipo. Aqui em Santiago, cheguei à tarde e fui numa doceria daquelas parecidas com as cafeterias brasileiras, com doces e pães. A máquina de café não era a tradicional, era aquela que se aperta o botão e sai o café, o cappuccino, o com leite, chocolate, etc. Pensei que ia começar bem, já que a maquininha deve ser padrão. A moça perguntou se eu queria pequeno, médio ou grande e eu pedi pequeno, que era de uns 200 ml em copo de papelão com a tampinha que tem um furinho para ir tomando. Achei que iria vir metade do conteúdo e quando a menina acionou a máquina, o café foi quase até a borda. Falando com ela depois, ela disse que posso pedir para ela retirar antes que ela tira. Lembrei-me de outras coisas que tirando antes evitam problemas uns nove meses depois. Mas tomei o conteúdo todo, estava bom, se bem que demoraram umas cinco quadras para tomá-lo enquanto ia conhecendo os arredores do bairro Belas Artes, onde ficamos hospedados. A segunda tentativa foi no final desta mesma tarde. Entrei no local e vi que tinha a cafeteira italiana tradicional. Só que eles me serviram nas mesinhas externas. Falei que queria na xícara pequena. O cara perguntou se eu queria cortado ou doble e eu disse que queria doble. Se a xícara era pequena, eu a queria cheia de café e não pela metade. Mas veio então a xícara de chá, cheia de café pelando. Não estava ruim, mas com tanto conteúdo você acaba tomando chafé. Nova tentativa no dia seguinte. Lá pelas onze da manhã na Praça das Armas encontrei três locais onde poderia pedir café. Entrei no do meio que estava mais vazio. O dono estava numa mesinha com dois amigos ou clientes e interferiu na conversa que eu estava tendo com a atendente. Eu sou ruim de conversa como todos meus amigos sabem e depois de muito papo com o chileno aceitei um café turco. Mal sabia eu que não era expresso, pois a atendente acabou fazendo em outra maquininha. Demorou um século para sair. Acho que tiveram que dar vitamina para o café sair da cafeteira porque ele estava fraquinho demais. Porém ele foi servido com toda a pompa. Acho que tirei uma das fotos mais bonitas de café com o tal café turco que parecia com o café de coador, mas na hora de tomar o café, não era o café que a mamãe prepara com todo o carinho... O café até que não era de todo mal, mas eu queria um expresso. No fim da tarde no shopping fiz mais uma tentativa. Encontrei um local com a cafeteira italiana e fiz questão de sentar na parte de dentro do local, pois eu ia apontar a xícara que eu queria. Depois de anotado o pedido, a moça chegou com o café e um copo de água com gás de 300 ml. Aproveitei para matar a sede. Mas o gosto do café estava horrível, ao ponto da mulher e da filha que quase nunca tomam café resolverem experimentar para confirmar que era ruim mesmo. Tentei colocar mais um sache de açúcar, mas nada salvou aquele maldito café ruim que ficou pela metade na xícara. A coisa aqui tá braba. Ainda hei de vencer, mas acredito que ainda vai levar uns dois dias. Tava pensando aqui... 

sábado, 26 de novembro de 2016

Tavapensandoaqui em algumas lembranças do meu falecido pai

Tavapensandoaqui em algumas lembranças do meu falecido pai. Neste mês de novembro no dia 20 ele faria aniversário. Meu pai nunca foi de fazer muito mi-mi-mi e nem era um homem que brincava com os filhos ou fazia alguma coisa para ajudar em casa nas tarefas do lar. Homem como muitos homens da geração passada, nascido em 1931, ele acreditava que a mulher devia cuidar do lar e o homem deveria prover o sustento. Nunca deixou minha mãe trabalhar, se bem que ela também não foi criada para trabalhar fora do lar. Nada de errado com essa postura, eram anos 50-60. Ele não ajudava nas tarefas “do lar”, porém ele reformava a casa inteira, desde a troca do piso até arrumar a goteira do telhado ou a antena da TV. Muitos homens hoje não ajudam nas suas casas, não trocam uma lâmpada queimada nem furam uma parede para pendurar um mísero quadro. Meu pai ao contrário, era habilidoso na arte de ser engenheiro-pedreiro-carpinteiro-pintor-protético. Ele fazia dentaduras para parentes e amigos sem cobrar pelo serviço e geralmente as pessoas deixavam um agrado para “as crianças”. Ao final das dentaduras sempre sobrava um material que parecia uma massinha de modelar e os filhos (eu e minha irmã) ganhavam uma pequena escultura de um burrinho, com as orelhinhas e tudo. Ele rebocava uma parede, consertava uma calha ou fazia o cimento na calçada, sem camisa. Só usava uma bermuda, um chinelo de couro e uma toalha de rosto enrolada em volta do pescoço. A toalha era utilizada para limpar o rosto suado e também para protegê-lo da friagem. Outra coisa que meu pai geralmente fazia quando trabalhava nas reformas das casas dos familiares e que deixava minhas tias loucas da vida, era evitar almoçar. Quando fazia algum trabalho pesado, ele passava o dia inteiro tomando café em sua xícara de metal toda amassada e passava o tempo todo recusando os chamados para o almoço. Ele fazia assim porque sabia que fazer força depois de comer um prato “de pedreiro” é algo totalmente insano. Meu pai construiu uma piscina no quintal de casa (profundidade de uns 40 centímetros) que fazia a alegria nos dias de calor, construiu meu forte apache em madeira, com as torres, portas e todos os detalhes primorosamente acabados e pintados. Ele construiu minha pista de autorama em uma base de madeira, executando um projeto criado por mim onde os carrinhos num circuito oval se cruzavam no “X” das duas retas da pista. Meu pai era de extremos. Por causa da bebida sem controle quase perdeu o emprego. Resolveu parar de um dia para o outro e nunca mais bebeu. Fumante desde os 15 anos, o apartamento deles em Santos cheirava a cigarro. Diversas vezes fui visitá-los e passar o final de semana com eles e minha filha passou madrugadas no hospital fazendo inalação. Por conta deste fato, de uma hora para outra ele simplesmente abandonou o cigarro. Muitas características dele eu trago comigo. Que boas lembranças. Rolou nostalgia. Feliz aniversário pai. Atrasado também vale. Tava pensando aqui...

terça-feira, 15 de novembro de 2016

Tavapensandoaqui na opinião de quem não assiste e opina mesmo assim

Tavapensandoaqui na opinião de quem não assiste e opina mesmo assim. Quem nunca emitiu uma opinião sem saber nada sobre o assunto? Todo mundo quer saber o que o outro pensa. Um amigo meu foi entrevistado na Avenida Paulista por um aluno aprendiz de comunicação, que estava em trabalho de rua com outro aluno câmera-man, que lhe perguntou “o senhor pode “OMITIR” sua opinião sobre o ensino no país?”. Meu amigo respondeu “é claro” e ficou mudo. O aluno depois de alguns segundos de microfone em punho na boca do meu amigo, perguntou se ele não iria falar e ele respondeu ”estou OMITINDO minha opinião conforme você me pediu”. O aluno virou as costas sem entender a piada sutil e no final deve ter se transformado em um famoso repórter. Mas se omitirmos sempre nossa opinião, não terá conversa. Opinamos sobre tudo para nos sentirmos incluídos. Fazemos isso para que sejamos considerados inteligentes e antenados com o que acontece no mundo. Às vezes nós falamos e deixamos claro que não entendemos do assunto e acabamos nos entregando deixando claro que somos ignorantes sobre o tema. Tenho visto situações profissionais onde a pessoa solta alguma pérola pensando que está abafando e deixa claro que não sabe do que está falando. Um dia desses um amigo resolveu criticar um pênalti que o juiz deu em um jogo de futebol. Daqueles jogos que passam todas as quartas-feiras na TV aberta faz milhares de anos. Eu jogo futebol e em minha opinião, foi pênalti. Vi a imagem da TV diversas vezes e me convenci que o juiz acertou ao dar o pênalti. Meu amigo discutiu veementemente. Eu perguntei se ele viu a imagem, pois eu sabia que ele dormia cedo e geralmente não assistia o futebol. Ele disse que não viu, mas o jornalista fulano (que nunca jogou futebol na vida dele) escreveu no jornal que não foi pênalti. “Caraca meu, você me contesta sem nem ter visto a porra do jogo e acha que está com a razão? Vai se catar!” eu pensei. Então disse ao nobre colega que ele, sendo tão culto leitor de jornal, deveria ser mais criterioso com as colunas de esporte que ele lia e que eu educadamente discordava da opinião do jornalista “já que a opinião dele não era a dele”, pensei sem me expressar. Outro amigo resolveu criticar um determinado jogador que ele disse que era “cai-cai”. Novamente com base no jogo que eu assisti no dia anterior, perguntei a ele se naquela jogada o tal jogador deveria ter deixado a perna para ser quebrada pelo adversário ou deveria ter pulado para não ser atingido maldosamente. Ele disse que não havia assistido o jogo porque só assistia jogo do time dele. E disse também que só lia no jornal as noticias do time dele. “Caraca, seu bossal, você só entende da meleca do seu time e vem falar do craque do meu time? Vá se catar” eu pensei. Então respondi ao nobre colega que ele deveria pensar mais sobre a situação e entender que um jogador de futebol tem que se preservar para ter uma carreira mais longa. Francamente! Tava pensando aqui...

sábado, 12 de novembro de 2016

Tavapensandoaqui que a vida é levada na média

Tavapensandoaqui que a vida é levada na média. Média tem diversos significados. A média na cidade de São Paulo é um café com leite no copo americano ou numa xícara grande, mas não muito grande. Eu diria que é uma xícara média. Na cidade de Santos a média é o pão francês. Chegamos a uma padaria ou panificadora ou boutique de pães (quanta frescura) e pedimos cinco médias e saimos de lá com cinco pãezinhos enrolados num pacote de papel com duas orelhinhas fechando-o. A média em outros lugares deve ter um significado especial, mas eu não sei qual é. Qual a sua altura? Mediana. Quanto você ganha? Nem muito, nem pouco, o salário está na média de mercado. Todos nós vivemos a vida na média, alternando os momentos felizes com os momentos tristes. Levamos uma vida na média. Tem hora que ganhamos dinheiro tem hora que deixamos de ganhá-lo. Somos gastadores ou muquiranas? Já sei, estamos na média. Gastamos naquilo que gostamos e não abrimos a mão para comprar algum luxo exorbitante. Nossa vida acaba sendo levada na média das 5 pessoas com quem a gente convive. Essa informação eu ouvi por aí. Se as cinco pessoas com que convivemos têm sucesso, teremos sucesso. Nosso amigo manda aquele vídeo que todos já colocaram na internet e vamos lá colocar uma risada como resposta para fazer média com o amigo. Quando jogamos alguma coisa nós perdemos um dia e ganhamos no outro ficando novamente na média. Nossos sentimentos de derrota e de vitória se alternam ficando na média. Às vezes vivemos uma fantasia em nossos sonhos e outras vezes vivemos no mundo real, mantendo a média. Esta semana tentei comprar na internet através do cartão de crédito. Um valor acima da média. Bloquearam-me. Fui obrigado a ligar para a operadora do cartão e me justificar. Até o cartão de crédito quer que nos comportemos dentro da média. Estudamos o ano inteiro para passar de ano, esperando que nossa nota atinja ou fique acima da média. Se ficarmos na média, pelo menos deixamos a dúvida se somos burros ou não. Se ficarmos abaixo da média, seremos considerados burros com certeza, não deixando nenhuma dúvida. Nesse caso de ficar abaixo da média, temos aquelas justificativas de que gênios foram reprovados na escola, mas trata-se de gênios, que no caso são pessoas muito acima da média. No final levamos a vida na média. A vida acontece entre o nascer e o morrer, é aquilo que acontece neste intervalo, ou seja, no meio. A vida levada na média não tem muita graça. Legal mesmo é extravasar, sair da média. Fazermos coisas diferentes daquilo que é esperado da gente. Mas é difícil sairmos da média, que é a nossa zona de conforto. Você tem coragem de sair da média? O que você faz para se destacar e ser acima da média? Você gosta de arriscar ou tem receio? Acho que todos nós buscamos essas respostas. Tava pensando aqui...

sexta-feira, 4 de novembro de 2016

Tavapensandoaqui no café

Tavapensandoaqui no café. Eu não gosto muito de café, meus amigos que me conhecem sabem disso. MENTIRAAAAA! Eu gosto. Na verdade eu gosto muito. Amo. Idolatro. Adoro. Beijo os pés do café. Beijar pés de café dá um prazer maravilhoso, tem um cheirinho ótimo. Enfim. Eu consumo com limites. Sou consumidor consciente. Não passo de oito xícaras diárias. Tenho controle. Raramente tomo café depois das 18 horas. Não é pelos efeitos que ele possa causar, tais como a insônia. Isso é mito, algumas vezes eu tomo café à noite e durmo muito bem. Eu limito o horário de tomar café para criar um hábito. Minha mulher quando acorda, adora o cheirinho do café passado na hora. Eu acordo antes dela e faço café de coador. Meu avô fazia café à noite e deixava em uma garrafa térmica. Ele acordava de madrugada para ir ao banheiro, passava pela cozinha e bebia café. E voltava a dormir. Meu pai trabalhava de turno. Minha mãe fazia café para ele levar ao serviço. Ele era maquinista, muito habilidoso, nunca vi os pára-lamas da sua locomotiva arranhados por raspar nos túneis. Ele ia trabalhar pedalando sua bicicleta e levava o café no bolso traseiro da calça em uma garrafa de um famoso guaraná. Os mais velhos irão identificar. Não era garrafa térmica. Passado um tempo eu entendi que ele tomava o café quente, apesar da garrafa ser de vidro comum, pois ele deixava a garrafa de guaraná perto da caldeira da locomotiva. Esperto. Minha mãe toma café, gosta muito também. Um pequeno vídeo que assisti na internet lista as benesses do café. Como eu adoro listas também assisti ao vídeo pela curiosidade de ver quais e quantos seriam os benefícios do café. Porque os malefícios todo mundo comenta. Dá gastrite, dizem alguns. Não dá não. O que dá gastrite é seu nervosismo, é a sua falta de paciência. Não culpe o café por isso. Vá procurar terapia. Comecei a assistir ao tal vídeo, bem curtinho por sinal, e ver como seriam os efeitos de se tomar uma xícara de café. Em 10 minutos depois de ingerir uma xícara de café ele aumenta os níveis da frequência cardíaca e da pressão arterial. Em 20 minutos aumenta a concentração, facilita a tomada de decisões e a sensação de cansaço diminui. Em 30 minutos aumenta o nível de serotonina que é um hormônio da alegria. Aumenta a força muscular. E depois de 4 horas em conseqüência da produção de energia a gordura é digerida. Em 6 horas aumenta efeito diurético e diminui a absorção de potássio e de cálcio do organismo. Não sei exatamente o que é isso, mas acho que ajuda a fazer xixi. Resumindo, eu tomo café de hora em hora (calculando uma media) e, portanto, tenho pressão altíssima, meu coração vive batendo mais que bateria de escola de samba, sou mais concentrado do que extrato de tomate, tomo decisões rapidamente, sou incansável, sou um palhaço, sou forte como um touro (sem os chifres) e magro, pois a gordura é digerida quando se toma café. E no final de todos os efeitos eu mijo muito. Será que é isso? Essa análise é mais completa que um mapa astral. Tava pensando aqui...

quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Tavapensandoaqui nas fotos 3x4

Tavapensandoaqui nas fotos 3x4. Aquelas que vão à carteira de identidade ou de trabalho. A nossa cara nessas fotos é aquela que não queremos mostrar para ninguém. Nestes tempos de selfie, todos com uma câmera na mão e uma ideia na cabeça, as fotos 3x4 deveriam seguir a tendência. Já imaginou a sua foto do perfil do Facebook ilustrando a sua carteira do trabalho? Recentemente tive que tirar fotos 3x4 (impressas) e acabei adiando o máximo possível. No penúltimo dia, acabando o expediente, saí para procurar um lugar para tirar fotos 3x4 e encontrei uma lojinha no bairro com uma cabine fotográfica. Uma senhora chinesa me atendeu. Penteei-me ao espelho (com as mãos) e sentei-me sorridente no banquinho que fica dentro da cabine de fotografia. Ela mandou-me ajeitar o ombro e mandou desencostar do forro da parede da cabine, que saiu do lugar com a minha encostada. Ela com a cara bem fechada, arrumou o encosto da cabine e mandou-me não encostar de novo. Resolvi obedecer para não ser espancado pela simpática figura. Ela mirou a lente da camêra e disse “não sorria”. Ploft! Você por acaso já tentou tirar uma selfie sorrindo e alguém te dizer “fique sério”? Pois então tente. É um resultado assustador. Foi com essa cara que saiu minha foto. Cinco minutos depois estavam prontas. Em casa, conferi a documentação que seria necessária para completar a ficha da tal instituição que eu queria adentrar e li: foto 3x4 de terno e gravata. Ops. Apesar da cara séria, a foto com a camiseta polo tinha ficado boa. Não a publicaria no Facebbok, mas dava para o gasto. Dia seguinte, resolvi voltar na loja da “simpatia” para fazer nova seção de fotos. Levei paletó e a gravata para colocar na hora da foto. Afinal, se eu fosse trabalhar com paletó e gravata o patrão iria logo desconfiar que eu estivesse à procura de emprego. Cheguei cedo à porta da chinesa simpática, mas ainda estava fechada. O vizinho estava aberto. Perguntei o horário de abertura das lojas por ali e ele me disse que somente abririam às 10h. Ele abriu antes, uma exceção. Peguei o carro e no caminho do trabalho passei na rua onde fica o Consulado Americano. No estacionamento próximo, uma placa anunciava que tirava fotos. Parei na rua mesmo e desci para ir ao estacionamento. A entrada do estacionamento era estreita para passagem de um carro por vez. Na lateral ficava o balcão onde o atendente anotava a placa do veículo e logo em seguida ficava um armário com prateleiras. Perguntei sobre foto 3x4. O tiozinho disse que tirava também (no passaporte a foto é maior, acho que é 7x5). Falei que queria meia dúzia de 3x4. O tiozinho, que estava em forma (de barril) e trajava calça social e camisa social branca com mangas curtas, pegou a máquina na prateleira embaixo do balcão e mandou-me ficar em pé de costas para a parede branca do estacionamento entre um HB20 branco e um Celta grafite. Eu tinha ido sem a gravata e coloquei na hora, sem ter um espelho para me pentear e nem para olhar se a gravata estava certa. Preparei-me com um sorriso, o tiozinho apontou a câmera e falou “fique sério”. Ploft! Pronto. Cinco minutos depois a foto estava pronta. Saiu na impressora ao lado do balcão. Um instrumento cortou as fotos 3x4. Quatro fotos saíram com espaço em branco maior na parte de cima e outras quatro saíram com mais gravata torta na parte de baixo. E pronto. Cara séria, sem glamour. Não adianta a evolução das fotografias, as fotos dos documentos ainda serão as piores fotos que você tira na vida. Não acham? Tava pensando aqui...

domingo, 23 de outubro de 2016

Tavapensandoaqui nas festas temáticas

Tavapensandoaqui nas festas temáticas. Elas existem para que as pessoas tenham motivo para se reunir e para se caracterizarem em um personagem com o qual se identificam. Eu imagino que seja isso. 
Durante meus anos de criança eu ia para os bailes de carnaval vestido com fantasias. Lembro da fantasia de tirolês. Mano, fala sério: o que é um tirolês? O que faz um tirolês? Imagine o que uma criança de seus 7 anos sabe a respeito de um tirolês. Ninguém nunca me perguntou o que eu queira vestir no carnaval ou qual personagem eu admirava. Simplesmente eu ganhava uma fantasia e tinha que ir com ela para um baile de carnaval. Marinheiro eu acho que vesti também. Antes de ir para o baile, passávamos na casa da tia que borrifava lança perfume no meu pulso. Para que servia aquela borrifadinha? Será que era para eu ficar zureta e nem lembrar que estava vestido de tirolês? Alguém tem idéia? 
Mais velho, durante anos eu nunca vesti nenhuma fantasia. Amigas terapeutas não se animem, sou bem resolvido neste assunto. Eu acho. Sei lá. Talvez sim. Quem sabe? Pausa para chorar. Seguindo em frente, sou forte. 
As coisas começaram a mudar depois que casei. No nosso cruzeiro pelo rio Nilo iria acontecer uma festa à fantasia Eu com quase 30 anos. Tinha loja a bordo. Passamos nela e nada alugamos. Minha mulher achava besteira e não queria gastar dinheiro. Na festa, as únicas pessoas de jeans, camiseta e tênis éramos nós. Jurei nunca mais passar vergonha igual àquela. Tal qual Scarlett O’Hara em “E o vento levou”, jurei não mais seguir opinião alheia. Todos se divertindo com suas fantasias de árabes, reis, princesas, odaliscas, sheik e nós ali. Caretas. 
Tempos depois apareceu uma festa da família no Monte Serrat, no salão de festas no famoso morro santista. As primas festeiras (amo) nos convidaram através da minha mãe. Chegamos lá, vestidos normalmente quando todos estavam caracterizados de anos 60. Marilyn Monroe me recebeu na porta e em seguida cumprimentei Elvis Presley (meus primos). Olhei para minha mãe e perguntei “por que não me avisou que era festa dos anos 60?”. Ela disse que era besteira, odiava isso de se vestir com fantasias. E ela me vestia de tirolês, lembram? E eu e mulher novamente passamos um mico perante melindrosas, vestidos de bolinha amarelinho, dançarinas de can-can, James Dean e diversas outras personagens. 
Finalmente apareceu uma festa brega e consegui me produzir. Figurino de sucesso, que foi repetido em outra festa, já que os convidados eram outros. Depois outra festa de uma amiga querida. Fantasiei-me de presidiário 171. Acho que combinou. Tinham mais 5 iguais lá. Minha mulher inclusive, que pela falta de criatividade comprou a mesma fantasia. Depois de uma bronca que dei nela, ela atualizou a fantasia para membro da SWAT, aproveitando para meter o cassetete na minha testa. 
Recentemente surgiu a mania de festejar o Halloween (sou velho, na minha época não existia). Festa brasileira? Não. Achei totalmente fora de propósito. Como é que pode festejar uma data que não tem nada a ver com a gente? Daí eu lembrei-me que o Natal também não tem nada a ver conosco. E também lembrei que a festa do boi-bumbá é brasileira e só comemoram no norte e nordeste. Acho que o fato da fantasia levar chifre deve ser impeditivo para os machistas aqui do sudeste e sul do país adotar a comemoração. 
Mas o Halloween está aí, semana que vem. Que fantasia você vai vestir? Abóbora? Bruxa? Fada? Mago? Fantasma? Morte? Harry Potter? O negócio é comemorar. Estou procurando a minha fantasia. Vamos brincar? Tava pensando aqui...

quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Tavapensandoaqui no paradoxo da velocidade máxima que foi reduzida para aumentar a velocidade média

Tavapensandoaqui no paradoxo da velocidade máxima que foi reduzida para aumentar a velocidade média. A velocidade das vias aqui da cidade de São Paulo foi reduzida pelo prefeito que agora se despede depois das eleições de 2016. Saiu porque desagradou a quase todos. A velocidade de todas as vias daqui da cidade foi reduzida até quase ficarem compatíveis com a velocidade de uma bicicleta. Não vou nem falar aqui de ciclovias ou ciclo faixas porque não é meu foco. Como é que se pode reduzir uma velocidade máxima e alcançar uma velocidade média maior? Eu explico, depois de eu mesmo ter perguntado. É verdade o que o ex-prefeito disse, porque ao reduzir a velocidade máxima ele tentou reduzir os acidentes que paralisavam a cidade. Até que o acidente fosse removido, os carros ficavam parados reduzindo a média da velocidade na cidade, que ficava mais baixa que a velocidade de uma bicicleta com rodinhas. Não vou nem falar aqui de ciclovias e ciclo faixas porque não é meu foco. Agora com o novo governante, a velocidade das vias deverá ser novamente a que estava antes. Porém, nesta semana quando eu fui buscar minha filha à noite na Universidade lá em Óz, estava chovendo. Um parêntese aqui, pois eu resolvi escrever “Universidade” porque uma vez falei “escola” e ela me deu uma bronca porque deu um duro danado para entrar na Universidade Federal para eu ficar chamando de escola. Óz é Osasco. Fecha parêntesis. Por causa desta chuva eu fiquei até com pena do ciclista que usa a ciclo faixa, pois com aquela tinta vermelha que foi usada para pintar as bordas das ruas em declive ele corre sério risco de escorregar com sua bike quando estiver chovendo. Não vou nem falar aqui de ciclovias e ciclo faixas porque não é meu foco. Ah, lembrei também dos ciclistas tentando subir aquelas ladeiras enormes com aquela chuva e aquela tinta escorregadia. Mas não vou nem falar aqui de ciclovias e ciclo faixas porque não é meu foco. Nesse dia da chuva então, como eu dizia, imaginei que a velocidade que eu estava andando na via marginal era adequada e proporcionava pouco risco. E lembrei que minha filha vai começar a dirigir assim que tirar a carta de motorista e que ela vai fazer este percurso, mas a velocidade já terá mudado para maior. Assim, do mesmo jeito que fiquei feliz com a troca de governo que vai devolver a velocidade adequada para a cidade eu vou ficar mais preocupado e agora estou achando que a velocidade poderia ser mantida como está. Esse é outro paradoxo, pois ao mesmo tempo em que eu gostei, eu também desgostei. O que eu proponho nesse caso é que a velocidade seja variável alternando conforme o horário, permitindo que a maior velocidade seja praticada num horário mais tarde onde o fluxo de automóveis não se faça tão intenso. Mas o novo governante bem que podia apagar um monte de faixas das bicicletas que não são tão utilizadas deixando apenas aquelas que são realmente úteis para os ciclistas e liberando mais espaço para a circulação dos carros. Mas não vou nem falar aqui de ciclovias e ciclo faixas porque não é meu foco. Haja paradoxo para ficar pensando aqui...

quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Tavapensandoaqui na lei do retorno



Tavapensandoaqui na lei do retorno. Como abordar um assunto polêmico e abstrato, que não conheço nem tenho estudo específico sobre o tema? Em que disciplina se estuda a lei do retorno? Seria no curso de Direito? É polêmico porque alguns acreditam que aqui se faz e aqui se paga, afirmando que o mal que fazemos aqui na terra aqui na terra é punido. Outros acreditam que os pecados feitos nesta vida são parcelados pelo Divino para serem pagos em suaves reencarnações iguais a um carnê de lojas populares. Abstrato porque não há comprovação desta lei para cravar que ela realmente existe. Vários ditos populares abordam esse tema, como o que diz que é dando que se recebe, ou o que diz que amor com amor se paga, ou ainda outra que diz que olho por olho, dente por dente. Outro dia comentei que durante o meu dia fiz várias gentilezas e que recebi outras tantas. Nesta semana mesmo, abasteci meu carro em um posto. Enquanto tomava o café, vi que os vidros do carro estavam sendo limpos pelo frentista e agradeci com uma pequena gorjeta. Ele nem sabia que eu iria pegar estrada naquela hora da noite e que a limpeza do vidro foi muito providencial. Antes da minha saída recebi dele um daqueles pacotinhos com pastilhas de hortelã. Dia seguinte ganhei um café expresso da menina de outro posto, já que ela considerou que eu havia tomado pouco café e que nem sujei a xícara (ela usou uma xícara de chá e considerou pouco café para o tamanho da xícara). Mas minha filha me deu o exemplo que eu precisava para escrever sobre a lei do retorno. Ela começou o curso de habilitação para motorista. No segundo dia comentou estar prestes a esganar uma aluna que falava durante as aulas, gabando-se de dirigir sem carta, de ter tomado multa e não ser ela quem pagou. Falava que fazia coisas erradas como parar em fila dupla, virar sem dar seta, estacionar em guias rebaixadas e outras besteiras. Como a lei do retorno é sábia e quem fala o que quer houve o que não quer, ao escutar do professor que os motoristas são obrigados a dar passagem para viaturas oficiais tais como ambulâncias e carros de bombeiro ou policia, a “inteligente” disse que esses carros às vezes ligavam suas sirenes apenas para sacanear e que ela não iria dar passagem. Apesar do esforço do instrutor afirmando que isso até poderia acontecer, mas que na maioria das vezes a situação é séria e que o condutor deve sair da frente, a menina insistiu em que ela não ia sair da frente e pronto. Minha menina então, do alto de sua sapiência (que é muita) e de sua paciência (que é pouca) soltou logo um “espero que quando você fizer isso seja a sua mãe dentro do carro de resgate”. Com esse exemplo didático, acho que fica bem claro como funciona a lei do retorno. O universo conspira. Não é? Tava pensando aqui...

quarta-feira, 21 de setembro de 2016

Tavapensandoaqui nas receitas para eliminar o estresse

Tavapensandoaqui nas receitas para eliminar o estresse. As reportagens da TV que falam sobre o estresse são, no mínimo, estressantes. Na TV, tudo parece fácil, como se um sujeito estressado tivesse paciência para fazer tudo àquilo que eles dizem. Cheguei hoje em minha casa e pensei “estou estressado e acho que preciso desestressar conforme aquela reportagem que vi na TV”. Comecei a procurar um incenso ou uma vela aromática. Não tenho nada aromático em casa. Estresso-me mais, sinto-me um tonto por não ter em casa algum “troço” aromático, que é algo que todo mundo tem. Resolvo borrifar desodorante pela casa para deixar um cheirinho. Vamos para o próximo item, afinal estou estressado e preciso relaxar. Penso “eu preciso aquecer algumas toalhas iguais aquelas de restaurante japonês, como disse a reportagem”. Lembro que não tenho também. Vou usar uma toalha de rosto mesmo. Começo a pensar em fazer uma lista de compras, porque já vejo que vão faltar muitos itens de primeira necessidade que não tenho em casa. Procuro um bloco de anotações. Não encontro. Onde coloquei aquele bloco que ganhei de brinde no ultimo evento gratuito que participei só para comer e beber de graça? Desisto. Deixo água aquecendo para fazer chá. Agora preciso encher um balde com água quente em 40 graus Celsius até a altura que caiba minha panturrilha quando enfiar os pés dentro para relaxar. O balde que tenho é de plástico, não dá para colocar no fogo. Vou até a área de serviço e o balde está repleto de panos de chão que estão de molho no sabão em pó. Esvazio o balde jogando os panos no tanque. Dirijo-me ao banheiro com o balde e ligo o chuveiro na temperatura máxima. Coloco o balde no chão e vejo que metade da água cai fora. Tiro o chinelo, entro no Box e levanto o balde até a altura de onde sai a água, molhando os pés. A água quente espirra na camisa, no cabelo e rosto. Coloco o balde no chão, vejo que a água está cheia de espuma do sabão em pó que não saiu direito quando esvaziei o balde. Deixo assim, não quero desperdiçar água e vai ajudar a lavar os pés. Pego uma toalha de rosto e mergulho no balde, torcendo-a para deixá-la quente como as toalhas de restaurante japonês. Onde vou sentar para colocar as pernas dentro do balde? Na privada, logo pensei. Lembrei-me que a tampa é de plástico, melhor sentar na cadeira da sala. Afinal tomar chá no banheiro também não é legal. Levo o balde e toalha molhada até a sala e vejo que o balde está molhado e vai molhar o chão de madeira. Prossigo com o balde cheio e toalha molhada até a área de serviço para pegar um pano. Todos estão no tanque, molhados. Vou até o banheiro e pego uma toalha de banho seca. Estendo no chão da sala. A água do chá está fervendo. No armário da cozinha procuro algum chá que sei que um dia comprei. Chá mate. Sim, sinto vontade de matar alguém. Coloco o saquinho de chá na caneca que eu trouxe de lembrança quando fui ao Embu. Pego o balde e a toalha molhada e levo para a sala. Volto e pego o chá, levando para a mesa de jantar ao lado da cadeira onde vou sentar para colocar os pés e pernas dentro do balde. A toalha de rosto agora está molhada e fria. Sento na cadeira e coloco os pés no balde de água e vejo que ela já está quase fria também. O que é mesmo que devo fazer com a toalha de rosto molhada? Sei lá. Tomo um gole de chá, queimo os lábios, a língua e o céu da boca. Nossa! Não é que funciona? Agora estou calmo, calmo. Tava pensando aqui...

domingo, 11 de setembro de 2016

Tavapensandoaqui no onze de setembro

Tavapensandoaqui no onze de setembro. Quase todo mundo lembra o que estava fazendo quando acontece algum fato relevante, sejam esses fatos uma tragédia ou um feito gigantesco. O que você estava fazendo quando o Brasil perdeu a copa de 1950 em pleno Maracanã? O que você estava fazendo quando o homem pisou na lua em 1969? O que você estava fazendo quando o Brasil ganhou a copa de 1970? Está bem, não foram bons exemplos, você ainda não havia nascido nestes acontecimentos. Então vamos atualizar um pouco, o que você estava fazendo quando o Ayrton Sena morreu? E quando Chernobyl explodiu? Ou na morte da Lady Daiana? O que você estava fazendo quando o Brasil foi Tetra campeão de futebol com os gritos de “é tetra, é treta, é tetra”? Ou quando aconteceu o Tsunami, palavra até então desconhecida no nosso vocabulário? Lembra do 7x1 no Mineirão em 2014? E o que você estava fazendo em onze de setembro de 2001? Lembra desta data? Ou ela não significa nada para você? Hoje faz 15 anos que o mundo parou para ver ao vivo o que estava acontecendo em Nova Iorque. Os dois prédios que um dia foram os prédios mais altos do mundo estavam pegando fogo em plena manhã de um dia normal de trabalho. Cheguei ao meu trabalho na Avenida Paulista, São Paulo, em frente ao prédio de um grande banco americano. Eu era prestador de serviço e trabalhava no prédio em frente onde esse banco americano tinha andares alugados. Ao chegar à minha mesa, ao meu lado uma amiga me mostrou pela internet que um dos prédios pegava fogo. Fiquei olhando para a tela da TV e poucos segundos depois vimos um avião se aproximar e sumir por trás da torre que incendiava. Olhamos incrédulos. Eles estavam transmitindo as imagens ao vivo fazia uns 15 minutos. Começou a agitação geral. Começamos a ouvir as notícias e todos nós não conseguíamos acreditar no que estávamos ouvindo. O segundo prédio estava também pegando fogo. Telefones começaram a tocar. Ordens de evacuar o prédio e de não evacuar o prédio eram transmitidas minuto a minuto. Ninguém sabia se podia ir embora ou se tinha que entregar os serviços do dia a dia. Por volta das onze horas da manhã encontrei uma televisão de uma sala de reunião transmitindo as notícias ao vivo. Entrei e cruzei os braços olhando a TV. Um amigo estava ao meu lado. Neste momento começou a desabar uma das torres e meu queixo chegou a bater nos meus joelhos. O segundo prédio começou a desabar também. O prédio do banco americano em frente ao nosso prédio já estava todo interditado e foi completamente evacuado. Notícias informavam que outro avião batia no Pentágono. Outra notícia dizia que um avião se dirigia para a Casa Branca. Notícia seguinte informava que ele foi abatido antes de atingir o objetivo. Terror. Angústia. Insegurança. Tristeza. Revolta. Covardia. Solidariedade. Vingança. Represália. Sanções. Contra quem? Quem poderia pensar em algo tão aterrador? Sei lá. Um amigo em férias pelo Canadá estava de passagem por Nova Iorque e no dia anterior visitou os prédios. Sortudo ele. Eu visitei as Torres Gêmeas em 1991 em viagem de turismo. Maravilha da engenharia. Sumiram. Viraram literalmente pó. Não foi num piscar de olhos, mas sumiram. Depois deste dia muitas medidas foram tomadas e agora você precisa provar que vai embarcar para os Estados Unidos sem uma bomba na palmilha do seu sapato. O mundo mudou depois deste dia. Você lembra-se deste dia? Tava pensando aqui...

sexta-feira, 2 de setembro de 2016

Tavapensandoaqui nos participantes do meu primeiro livro

Tavapensandoaqui nos participantes do meu primeiro livro. Único por enquanto. Li e reli diversas vezes o meu livro, #tavapensandoaqui, para aprovar a publicação pela editora. Nestas leituras eu listei as pessoas que estavam nas minhas crônicas. Muitas situações que escrevi foram acompanhadas pelos amigos ou então inspirada por eles. Então aqui vai a lista e se você estiver nela foi porque em algum momento eu pensei em você ao escrever uma das crônicas, uma frase, um parágrafo ou uma palavra. Muitos não vão identificar onde foram citados. Nesse caso, me pergunte que eu digo em que crônica que eu usei o exemplo. Também tem o fato de que nem todo mundo leu tudo o que eu escrevi e, portanto, nem passou pela crônica em que foi referenciado. Vou fazer uma brincadeira. Vou marcar o nome de cada um nesta crônica, para causar a curiosidade e para atrair os amigos para o lançamento do livro em Santos, dia 03/09/2016. Não vou conseguir citar as pessoas que me ajudaram corrigindo informações erradas que eu dei, pois este histórico eu não fiz. O Marcos Valim Carvalho me corrigiu quanto à duração da bateria do token. Mas eu ignorei a correção e mantive a piada que fiz com o token na crônica que está no livro. Já o videogame que eu citei de forma errada, eu acatei a correção do Marquinho. A Lizeti Miranda corrigiu-me duas vezes, uma foi o nome de um filme. Perguntei como ela sabia o título correto do filme e ela me lembrou que foi proprietária de Locadora de Vídeo. Arlete Helena Gomes Soffiatti fez várias correções e colocações, pelo fato de ser culta, inteligente, jornalista formada e blogueira de primeira linha. Heloisa Helena Millon Fontes comentou tudo o que criei razão pela qual ela assina a orelha do meu livro. Comentários foram muitos, não vou conseguir falar de todo mundo. Acatei sugestões para fazer crônicas, do marido da Teresa Pereira (Francisco Santana), também da Silvana Papst e da Heloisa Helena. Vamos aos personagens que estão no livro. Sou do signo de Virgem e todo virginiano gosta de listas, pois as listas trazem uma organização à bagunça. Segue minha lista, por ordem em que irão aparecer nas crônicas do livro: Andre Simoes logo na primeira, Ana Braz, Joyce Sarpi , Ary Lopes (meu tio), Marina Monteiro , Miriam Alborghetti, Lauro Duarte Do Carmo, Taira Placido Frasson, Regina Bittencourt (e Cássio), Linda Vieira , Flavia Munhoz , Nina Maria Bueno, Maria Claudia Busiaux, Marcelo Marone, Renata minha prima, Thales Camargo Souza, Marina Paesano, Soraya Valenza Dinardi e Cesar Pescuma na última crônica. Alguns amigos participam em mais de uma. Dos marcados aqui, quem quer saber em qual das crônicas participou? Comprem o livro! Ha ha ha ha ha. Tava pensando aqui...

domingo, 21 de agosto de 2016

Tavapensandoaqui nas Olimpíadas de uma forma geral

Tavapensandoaqui nas Olimpíadas de uma forma geral. Minha opinião hoje é sobre o que deveria ser considerado esporte olímpico e o que eu considero que não deveria ser. Veja se você concorda. O Brasil na Olimpíada do Rio 2016 queria ficar entre as 10 potências olímpicas e fez feio. Não fez a lição de casa, não investiu. As decepções com os atletas brasileiros foram muitas, mas outros favoritos estrangeiros também decepcionaram. Faz parte do show. Voltando ao assunto, eu não considero os esportes coletivos como sendo esportes olímpicos. Então na minha lista não deveriam aparecer o Futebol, Vôlei, Basquete, Handebol, Pólo Aquático, Hóquei e todos desse tipo. Fora todos eles. Baseio minha opinião dizendo que o evento acontece na cidade do Rio de Janeiro e tem jogo de futebol em Manaus. A medalha de bronze do futebol nesta edição foi disputada em Minas Gerais, os caras não receberam a medalha de bronze no Maracanã. Além disso, o futebol começa antes da abertura oficial dos jogos e termina na véspera do encerramento, trazendo apenas UMA medalha. Têm atletas de seleções do futebol que nem pisaram no Rio de Janeiro e nem sabem onde fica. Os futebolistas não ficam na Vila Olímpica. Outros esportes coletivos que citei aqui trazem apenas UMA medalha após semanas de competição. O futebolista joga 90 minutos umas seis vezes e os nadadores atravessam uma piscina em apenas alguns minutos. Também desconsidero como esportes olímpicos, aqueles onde o atleta (em dupla ou grupo) enfrenta o outro diretamente, como o Tênis, Tênis de Mesa, Boxe, Esgrima, Judô e esportes afins. No caso do Tênis, os atletas correram mais de três horas na final da Rio 2016 (e eles jogaram outras partidas antes) e o atleta que corre 100 metros livres acaba sua competição em menos de 10 segundos. Eu descarto também a marcha atlética, onde o atleta tem que percorrer a distância rebolando sem tirar os dois pés do chão ao mesmo tempo. Acho que é feio. Ninguém fugiria de um leão no meio da floresta correndo deste jeito. Para que fazer um esporte desses? Os esportes coletivos atraem milhares de torcedores. Os esportes individuais são menos badalados. Banir os esportes que falei aqui seria uma forma de atrair mais atenção para esportes menos badalados além de reduzir o tempo que a competição é disputada. Reduziria os custos de uma olimpíada. Ficariam na minha lista os esportes onde um atleta deve provar que é melhor que o outro sem se confrontar diretamente com o oponente. Ele compete contra um grupo de atletas e ele ganha se for o melhor. Por exemplo, eu acho o salto ornamental um esporte olímpico, onde o atleta tem que pular na piscina jogando menos água para fora dela do que quando fazemos cocô e a água do vaso molha a nossa bunda. A Natação, Vela, Canoagem e outros esportes aquáticos são olímpicos para mim. Tiro, Tiro com Arco, Ciclismo também entram na minha seleção. Golfe entra na minha lista. Hipismo eu tenho minhas dúvidas, pois utiliza um cavalo na competição e não sei se entra ou não entra na minha lista. Mas concluindo, a nossa olimpíada foi um sucesso como já era previsto. Gente séria faz a organização, gente competente faz acontecer. Nisso somos bons. Tava pensando aqui...

sábado, 20 de agosto de 2016

Tavapensandoaqui nas gentilezas diárias

Tavapensandoaqui nas gentilezas diárias. Nosso dia a dia é tão corrido que não paramos para pensar quantas energias boas nós trocamos. Dia desses ao abastecer o carro a frentista veio me perguntar sobre água, óleo e eu pedi para ela limpar os vidros do carro. Ela abriu um sorriso e me disse “eu já ia lhe oferecer isso, amor” e foi buscar a esponja e o rodinho. Depois pelas ruas, um ônibus me deu vez na rotatória, parei em faixas de pedestre para dar passagem, dei passagem a outros motoristas. Ao chegar à lanchonete a moça me ofereceu o café antes mesmo de eu pedir, sabendo que sou cliente assíduo e sempre peço o meu cafezinho. Nossa vida é tão atribulada que pouco tempo temos de colocar em prática ensinamentos do tipo “é dando que se recebe”, “gentileza gera gentileza” ou ditados parecidos. Se você prestar atenção, vai ver que se der bom dia para alguém deverá receber de volta a mesma energia, exceto se der bom dia para aquelas pessoas com cabeça abaixada no seu celular e fones de ouvido na orelha. Na semana passada a atendente da lanchonete de um posto na rodovia dos Imigrantes foi me oferecendo variações do café expresso que eu havia pedido puro, falando “não quer com leite?”. Eu “não”, ela “cappuccino então?”. Eu disse “não” novamente. Ela insistiu “nem um canelinha?”. Eu fui vencido pela insistência dela (e eu conheço o expresso da tal lanchonete, sempre muito aguado e pelando) e acabei aceitando. Ela respondeu feliz com um sorriso “eu sabia que ia convencê-lo”. Dei risada e tomei meu café canelinha (café, leite com espuma e canela por cima). Na coleta de sangue para o exame rotineiro que fiz esta semana, a moça chamou meu nome e levantei o dedo indicador timidamente. Ela me perguntou se estava com medo e eu disse que não, por que teria? Ela me disse que levantei o dedo como se estivesse com medo. Informei que fiz isso porque ela me chamou olhando na minha direção e então fiz o gesto contidamente. Papo vai papo vem, conversamos durante todo o atendimento. Outro dia li uma noticia informando que a reclamação faz mal ao cérebro. As situações desagradáveis vão martelando a nossa mente e no final acabamos reclamando desde o toque do despertador até sobre a corrupção no país. Ao passarmos o dia sendo bombardeados de más notícias esquecemo-nos de dar bom dia para os recepcionistas e seguranças do prédio. Gentilezas geram gentilezas. Vamos criar um ambiente mais alegre? Você já deu seu sorriso hoje? Tava pensando aqui...

domingo, 14 de agosto de 2016

Tavapensandoaqui no indulto do Dia dos Pais

Tavapensandoaqui no indulto do Dia dos Pais. O indulto é concebido em datas especiais e o presidiário pode passar esse dia fora da prisão. Se ele for um presidiário bonzinho, se ele cumprir as obrigações, fizer o dever de casa, não faltar, ganhar estrelinhas no caderninho, ajudar um velhinho a atravessar a rua e coisas assim, ele pode obter esses benefícios que a justiça lhe proporciona (é claro que existem regras específicas para conceder o indulto). É engraçado o pensamento do povo brasileiro em relação à justiça, em relação aos presos e ao sistema prisional de uma forma geral. A maioria de nós não conhece as leis e sempre damos muitos palpites em tudo que é escândalo. Se um cara mata alguém por ciúmes, temos nossa opinião a respeito. Se alguém comete uma chacina no shopping, temos nossa opinião sobre o monstro. Toda vez que tem indulto surgem polêmicas, do tipo “matou os pais e vai ter indulto de Dia dos Pais, que absurdo”. É um direito que essa pessoa tem, independente do crime cometido. Não existe um parágrafo na lei que diga que quem matar o Papai Noel não tem direito ao indulto de Natal. Outra coisa que chama a atenção é que o sujeito vai preso por um determinado tempo, depois ele é solto e volta para a sociedade. Presume-se que esse tempo que ele passou na prisão foi o tempo suficiente para ele refletir e não cometer mais nenhum crime. Todo mundo esquece esta parte. A pessoa deveria voltar para a vida social, pronta para se adequar às regras da sociedade. Veja bem esse exemplo. Suponha que você mate alguém por uma razão que você achou justa. Você foi preso, julgado, condenado, sua imagem e seu crime venderam milhares de jornais e revistas, apareceu em milhares de publicações, seu caso foi comentado na rádio e TV por um monte de gente que não entende nada de leis e você lá refletindo na cadeia sobre a burrada que fez. Com o passar do tempo você se sente realmente arrependido. Comporta-se direitinho para obter os benefícios da lei. Finalmente sai da prisão pelo direito que lhe cabe, usando as leis como elas foram escritas pela própria sociedade que lhe condenou. E ao sair, ainda continuam falando do seu crime, continuam falando de você como se você fosse cometer novamente o crime. Depois de tanto tempo, aquele crime que você cometeu continua sendo lembrado. Pois é, estamos realmente num beco sem saída, porque condenamos alguém por um crime e essa pessoa mesmo depois de ter cumprido a pena vai sempre continuar em dívida com a sociedade. Deve ser difícil para um ex-presidiário conseguir uma profissão novamente, sem causar a desconfiança dos patrões e colegas. Se ele fez uma coisa errada uma vez, ele poderá fazer novamente. Não está na hora de rever nossa posição? Aliás, quando eu disse para você imaginar que havia matado alguém, você imaginou? Hummm, não sei não, esse seu pensamento está estranho... Tava pensando aqui...

sábado, 13 de agosto de 2016

Tavapensandoaqui nas Olimpíadas Rio 2016 II

Tavapensandoaqui nas Olimpíadas Rio 2016. Houve muita polêmica antes de começar a Olimpíada no Brasil, por culpa de algumas obras que ainda estavam por terminar. Um mal-entendido entre o prefeito do Rio de Janeiro e a delegação da Austrália, uma das primeiras a chegar, foi resolvido com bom humor, pois os australianos devem ser alegres como nós, brasileiros. O prefeito ganhou deles um bonequinho de canguru e tudo se resolveu. Queria ver se ele tivesse ganhado um macaquinho de pelúcia, se ficaria alegrinho como ficou. Na abertura oficial dos jogos na sexta-feira retrasada (dia 05 de agosto), o orgulho nacional foi resgatado com nossa ex-modelo número 1 do mundo desfilando sozinha por 120 metros no maior estádio de futebol do Brasil. A cerimônia deixou o mundo de boca aberta. Foi realmente muito linda. Escrevo aqui depois de 8 dias de competição (13 de agosto), acompanhando as notícias moderadamente, já que não me interesso pela maioria das 42 modalidades da competição. Mas eu me interesso por saber como andam as coisas. Na programação da TV, eu fico zapeando (mudando de canal) para procurar algo interessante para assistir. Ao passar pelos canais, eles indicam no menu o que estão passando naquela hora, mas na maioria das vezes não condiz com a imagem. Por exemplo, leio no menu “Tiro com arco” e vejo um monte de ciclistas na estrada. Imagino que o cara com o arco e flecha deve acertar os ciclistas. Coloco no canal que transmite hóquei sobre grama e vejo que é jogado sobre uma superfície azul marinho. Burros, vacas e bois morreriam de fome, pois mudaram a cor da grama. Leio “Saltos ornamentais” e um cara enorme está levantando pesos. Imagino que ele deve dar pulinhos segurando os alteres. Quando leio “Esgrima” vejo dois atletas jogando “pingue-pongue” (não joguem pedras em mim, por favor, estou brincando) e imagino quando um deles vai enfiar a raquete na barriga do outro. Nossas medalhas neste momento são 4 (uma de ouro) e estamos em vigésimo segundo lugar. Tem atleta que tem mais medalhas que nosso país, por exemplo, o nadador americano que tem 5 de ouro e uma de prata. Se ele fosse um país estaria em décimo primeiro lugar neste momento. Nosso país fez várias promessas de incentivo ao esporte para que a Olimpíada trouxesse o maior número de medalhas de todos os tempos (já que estamos na nossa casa) e nada mudou, pois continuamos a colecionar decepções. Nosso judô, tradicional ganhador de medalhas, ficou com duas medalhas de bronze e uma de ouro. Nosso atirador, melhor do mundo, ficou com a medalha de prata. No tênis já ficamos de fora, mesmo tendo dois dos melhores jogadores de duplas do mundo. Basquete feminino perdeu todas. No atletismo nossas chances são as mesmas de antigamente, poucas medalhas virão desta modalidade. Natação, zero. Até o final dos jogos deveremos ganhar mais medalhas. Uma certeza nós temos, que a nossa hospitalidade será medalha de ouro, como sempre. Tava pensando aqui...

terça-feira, 26 de julho de 2016

Tavapensandoaqui nas Olimpíadas Rio 2016

Tavapensandoaqui nas Olimpíadas Rio 2016. Escrevo isso faltando uns 10 dias para iniciar os jogos. As obras da Vila Olímpica não terminaram, as delegações que chegaram estão saindo e conseguindo hospedagem fora para dar conforto para seus atletas. Ouvi notícias de que houve desistências de mais de 90 mil turistas, em virtude das ameaças de violência nas ruas, de atentados e outras ameaças que estão literalmente no ar, como é o caso do mosquito da dengue. Então deverá sobrar lugar para instalar os atletas fora da Vila Olímpica. Esperteza brasileira, pensando “vamos deixar as obras inacabadas para alugar os apartamentos dos hotéis que ficaram vagos”. Quem se mudou um dia para um local recém construído (casa ou apartamento) sabe que quando a gente chega ao local são inúmeras as reclamações. As portas não fecham, nem todas as fechaduras funcionam, as torneiras pingam, os interruptores de luzes apresentam problemas, os restos de cimento nos azulejos são difíceis de retirar, as portas e gavetas e portas dos armários precisam de ajustes. Minha última mudança ocorreu faz 15 anos, talvez as construções mais recentes tenham melhorado um pouco a qualidade da entrega. Não sei se as obras do Rio irão terminar a tempo. Há diversos exemplos de obras terminadas em cima da hora em eventos deste porte, há exemplos de gastos enormes para construir as instalações destes lugares, etc. Em Sidney, Austrália, na Olimpíada de lá, as obras também não terminaram no prazo. Jornalistas e atletas que chegaram para se instalar na Vila Olímpica também tiveram que arrumar outro local para ficar e poucos dias depois puderam se instalar na Vila, com a obra terminada em cima da hora. O que e gente não costuma analisar, é que um evento deste porte é motivo de orgulho para um país. Muita gente gosta. As mesmas reclamações foram feitas durante a copa do mundo de futebol no Brasil em 2014. Pelo elogio dos turistas estrangeiros à recepção calorosa do nosso povo e outros depoimentos favoráveis que eu mesmo colhi dos garçons e comerciantes em geral, quando visitei o Rio de Janeiro com meus parentes da Venezuela logo depois dessa copa, eu concluí que nossa copa foi um sucesso. Minha cunhada viajou o Brasil com os filhos e só tem elogios. Esqueça o jogo da Alemanha 7 x 1 no Brasil. Outras seleções deram vexame também. Um evento assim tão grande movimenta a economia. Milhares de trabalhadores da região tiveram o seu sustento retirado do trabalho executado para esta Olimpíada. Tem obras maravilhosas feitas para este evento que serão muito admiradas depois que tudo terminar. O comércio deverá faturar muito, garantindo mais empregos e sustentando muita gente também. Milhares de profissionais da mídia são acionados e terão seus empregos garantidos durante esse evento. Milhares de atletas e para-atletas se preparam durante anos e sonham em participar de uma Olimpíada. O mundo assiste, os patrocinadores pagam fortunas para aparecer e divulgar suas marcas e dar mais empregos para quem trabalha para eles. Agora, finalizando, se as obras custaram muito mais do que deveriam, se houve roubo e superfaturamento nos custos das obras e tantas outras questões envolvendo a roubalheira que está instalada no nosso poder público, na nossa política, essa história a gente tem que resolver aprendendo a votar em quem realmente merece. Tava pensando aqui...

segunda-feira, 11 de julho de 2016

Tavapensandoaqui que perdi a estação onde eu devia descer

Um ano faz que me perdi na Itália. Acompanhe a crônica desse dia, que também está no meu livro. #tavapensandoaqui que perdi a estação onde eu devia descer. Voltávamos para Verona ao final da tarde após a visita à Veneza. Viagem curta de trem para ser feita em menos de uma hora.
Cochilei um pouco, eu estava com a garganta seca e quando acordei fui ao vagão de café, 5 vagões até lá. Tomando café o trem parou. Achei legal, tomei café sem balanço do trem. Dirigi-me de volta ao meu vagão com calma. Afinal na ida, havia acontecido a mesma parada enquanto eu tomava café e não era a estação de Veneza.
Passei pelo banco da minha família e elas não estavam, estavam duas garotas. Corri para a porta para conferir o número do vagão. Quando pensei em ver o nome da estação, a porta do trem fechou. Olhei para fora já com o trem em movimento e vi que a mulher e a filha já estavam na estação com as mochilas. Era a estação de Verona onde eu deveria descer. Bati no vidro gritando e elas não me viram.
Fiquei tranquilo como eu sempre sou e só pensei: “fudeu”. Bom, eu estava com documentos e dinheiro então parti para o plano A: procurar o comissário, descer na próxima, comprar bilhete, pegar Wi-Fi na lanchonete, avisar a família e tomar outro café ou cerveja, dependendo do tempo de espera e terminar voltando ao hotel.
A minha família neste caso já deveria estar de volta no hotel e com Wi-Fi disponível para ler minha futura mensagem. Se tudo fosse rapidinho esse era o plano, senão eu ia para o plano B: ligar a banda do telefone 3g (torcer para funcionar) e avisar direto, desde que a filha também fizesse isso.
Decidi pelo plano “A”. Minha filha já havia acionado o plano “B” ou seja, já tinha ligado o 3g e depois me disse que era ruim (espertinha ela), mas elas acabaram indo para o hotel assim que perceberam que eu havia ficado no trem, para conectar o Wi-Fi do hotel e esperar por notícias.
Encontrei o comissário que foi muito legal comigo e disse que na estação seguinte PESCHIERA (menos de 15min da estação Verona) na plataforma 1 havia um trem que voltaria para Verona.
Chegamos à estação e ajudei uma senhora a descer com a mala para mostrar ao comissário que eu era um cara legal e que ele tinha ajudado um bom menino.
Bilhete compra-se em máquinas, preço 3,30 euros e me faltava 1 euro em moeda. Nós compramos os bilhetes de volta de Veneza nessas máquinas e eu tinha aprendido a usá-las. Eu não quis colocar uma nota de 20 na máquina. O próximo trem sairia em 40 minutos.
Dirigi-me à lanchonete para pedir um café com uma nota de 20 euros para conseguir o troco e ainda pedi desculpa por usar uma nota grande. Também pedi a senha do Wi-Fi explicando minha urgência. Falei com a atendente em meu Italiano fluente (nossa, que mentira, nem italiano básico eu sei) e a moça me respondeu e eu entendi tudinho!
Ela me respondeu em português. Falou que trocaria meu dinheiro sem problemas se eu não quisesse tomar o café. Aceitei no momento, mas disse a ela que voltaria para tomar o café assim que comprasse o bilhete.
Ela me disse que não tinha Wi-Fi ali na lanchonete, mas o telefone dela tinha internet e ela adicionou a minha filha, me emprestou o celular e eu consegui avisar a família. Agradeci e quis devolver o celular para ela para ir comprar o bilhete e ela me mandou levar o celular comigo porque minha filha poderia responder. Ela confiou em mim e levei o celular comigo para comprar o bilhete.
Comprei o bilhete, tomei seu café divino e conversamos um pouco até a chegada do trem. Ela me disse que não era a primeira vez que ajudava gente perdida como eu. Contou outra história de um viajante brasileiro perdido que marcou encontro com alguém e desencontrou. Com a ajuda dela o viajante encontrou quem ele procurava.
Perto das 21 horas, ela me pediu licença para ir cuidar do fechamento da lanchonete e eu insisti em devolver o celular para ela que estava comigo este tempo todo. E ela não queria pegar, mas eu insisti, pois o trem sairia às 21:02h e eu iria ter que ir atrás dela dentro da lanchonete para devolver e a minha cota de emoções para aquele dia estava perto do limite.
Peguei o trem para voltar até Verona. No caminho o trem parou uns 5 minutos e me preocupei novamente com a chegada ao hotel e a cota de emoções para o dia subiu até o limite. Pensei que se demorasse mais do que eu havia previsto a família realmente iria ficar preocupada e fiquei novamente apreensivo. No fim foram somente 5 minutos e o trem continuou até a estação de Verona.
Às 21:30h cheguei no hotel com mais esta história para contar e com mais uma amiga maravilhosa no meu círculo de amizades. Minha filha ao receber a mensagem do telefone com a foto dela falou para a minha mulher que eu já estava me virando e que eu deveria ter conhecido mais uma amiga e devia estar adicionando ela ao meu Facebook. Essa filha me conhece.
Minha mulher por sua vez contou-me que a nossa filha ao ver que eu havia ficado sozinho num país desconhecido ficou apavorada pelo motivo de que ela pensou que poderia acontecer com ela.
E ela não levava com ela nenhum documento ou dinheiro, pois tudo ficava na mão da mãe. A partir deste dia ela passou a levar um documento e dinheiro e já sabia o que deveria fazer para sair de uma situação destas. Devemos levar a lição de tudo o que vivemos.
Quando nós falarmos do Brasil e das coisas ruins que temos, não podemos nos esquecer de que temos o povo mais maravilhoso do mundo. Tava pensando aqui...

domingo, 10 de julho de 2016

Tavapensandoaqui no meu falecido avô

Tavapensandoaqui no meu falecido avô. Foi o único dos avôs e avós que eu conheci. Na certidão de nascimento, uma segunda via que ele tirou depois de perder todos os documentos num naufrágio na segunda guerra, ele foi identificado como filho de pai chinês e mãe chinesa. Qual o nome deles? Não sei, jamais saberei. Posso ser herdeiro da dinastia Ming ou o inventor do pastel e estou aqui ralando. Fui o primeiro neto deste filho de chineses, nascido no Brasil, que foi casado com uma portuguesa. Tiveram duas filhas, 5 netos. Ele morava com minha tia. Lembro que ele chegava todos os domingos de manhã na minha casa em Santos trazendo cigarrinhos de chocolate da Pan ou Diamante Negro. Linda época onde o politicamente correto não existia e podíamos comer chocolates embalados como se fossem cigarros. Ele chegava vestido socialmente para me levar a passeios no tobogã ou para andar de kart, ou outro passeio qualquer pela orla de Santos. Até na praia ele andava com a calça social e o sapato preto. Não tirava nem na areia. Ele conseguiu meu primeiro emprego me indicando para auxiliar de escritório na empresa do patrão, que ele era o motorista particular. Passado o tempo, eu passei a levá-lo no meu carro para assistir meus jogos de futebol no domingo no clube. Ele era fã assíduo, assistia sempre e torcia por mim. Nessa época por coincidência ele trabalhava durante a semana como eletricista neste mesmo clube. Ele era um exemplo para mim, de virtude e de contradição. Ele pedia uma coxinha no bar e o atendente lhe entregava dizendo o preço. Imediatamente ele respondia: “não perguntei o preço”. Outra hora pedia um cafezinho e ao pagar se indignava, dizendo que era caro e xingando: “vocês são um bando de ladrões, isso é um roubo”. Diversas vezes ele pagou pastel e caldo de cana na Praça da Catedral, para mim e minha amiga, depois namorada, hoje mulher, pois nesta ocasião nos encontrávamos no mesmo ponto de ônibus ao término do expediente. Velhinho, ele foi perdendo a audição. Ele ouvia a música “isso me dá, tic tic nervoso, tic tic nervoso” e reclamava que a música jovem era ruim, pois ele escutava o cara cantando só o “nervoso, nervoso”. Quando ele e o irmão Jorge foram morar juntos, conta minha irmã, uma vez eles saíram para pegar o ônibus e o irmão que enxergava mal, pediu para ele, que ouvia pouco, indicar quando o ônibus para o Ferry Boat chegasse. Meu avô indicou quando chegou o ônibus, mas havia mais de um e o irmão entrou no errado. Meu avô chegou a nossa casa rindo e contou a história para minha irmã. Em seguida recebeu a ligação do irmão que lhe disse: “Moracy, você está cego, me indicou o ônibus errado”. Meu avô retrucou: “tu é que estás surdo, eu falei que era o de trás”. Outra pérola aconteceu em casa novamente sob o testemunho da minha irmã. Meu avô lavava a roupa na casa dele e trazia para minha mãe passar. Minha irmã conversava com ele na cozinha sobre esse assunto de lavar e passar roupa e minha mãe passou por eles e disse para ela falar alto, pois ele escutava mal. Ele comentou com minha irmã que se tivesse um ferro de passar na casa dele, ele mesmo passaria a própria roupa. Ela disse para ele que minha mãe tinha dois ferros e podia emprestar um. Ele levantou e perguntou para minha mãe “você tem ferro de sobra?”. Minha mãe respondeu que esse assunto seria com meu pai. Meu avô perguntou “Como assim?”. Minha mãe disse que o ferro de solda deveria ser pedido ao meu pai. Meu avô respondeu “tá ficando surda, minha filha?”. E essas lembranças vão surgindo e enriquecendo nossa memória. Bons tempos. Boas lembranças. Tava pensando aqui...