Tavapensandoaqui nas Olimpíadas
Rio 2016. Houve muita polêmica antes de começar a Olimpíada no Brasil, por
culpa de algumas obras que ainda estavam por terminar. Um mal-entendido entre o
prefeito do Rio de Janeiro e a delegação da Austrália, uma das primeiras a
chegar, foi resolvido com bom humor, pois os australianos devem ser alegres
como nós, brasileiros. O prefeito ganhou deles um bonequinho de canguru e tudo
se resolveu. Queria ver se ele tivesse ganhado um macaquinho de pelúcia, se
ficaria alegrinho como ficou. Na abertura oficial dos jogos na sexta-feira
retrasada (dia 05 de agosto), o orgulho nacional foi resgatado com nossa
ex-modelo número 1 do mundo desfilando sozinha por 120 metros no maior
estádio de futebol do Brasil. A cerimônia deixou o mundo de boca aberta. Foi
realmente muito linda. Escrevo aqui depois de 8 dias de competição (13 de
agosto), acompanhando as notícias moderadamente, já que não me interesso pela
maioria das 42 modalidades da competição. Mas eu me interesso por saber como
andam as coisas. Na programação da TV, eu fico zapeando (mudando de canal) para
procurar algo interessante para assistir. Ao passar pelos canais, eles indicam
no menu o que estão passando naquela hora, mas na maioria das vezes não condiz
com a imagem. Por exemplo, leio no menu “Tiro com arco” e vejo um monte de
ciclistas na estrada. Imagino que o cara com o arco e flecha deve acertar os
ciclistas. Coloco no canal que transmite hóquei sobre grama e vejo que é jogado
sobre uma superfície azul marinho. Burros, vacas e bois morreriam de fome, pois
mudaram a cor da grama. Leio “Saltos ornamentais” e um cara enorme está levantando
pesos. Imagino que ele deve dar pulinhos segurando os alteres. Quando leio
“Esgrima” vejo dois atletas jogando “pingue-pongue” (não joguem pedras em mim,
por favor, estou brincando) e imagino quando um deles vai enfiar a raquete na
barriga do outro. Nossas medalhas neste momento são 4 (uma de ouro) e estamos
em vigésimo segundo lugar. Tem atleta que tem mais medalhas que nosso país, por
exemplo, o nadador americano que tem 5 de ouro e uma de prata. Se ele fosse um
país estaria em décimo primeiro lugar neste momento. Nosso país fez várias
promessas de incentivo ao esporte para que a Olimpíada trouxesse o maior número
de medalhas de todos os tempos (já que estamos na nossa casa) e nada mudou,
pois continuamos a colecionar decepções. Nosso judô, tradicional ganhador de
medalhas, ficou com duas medalhas de bronze e uma de ouro. Nosso atirador,
melhor do mundo, ficou com a medalha de prata. No tênis já ficamos de fora,
mesmo tendo dois dos melhores jogadores de duplas do mundo. Basquete feminino
perdeu todas. No atletismo nossas chances são as mesmas de antigamente, poucas
medalhas virão desta modalidade. Natação, zero. Até o final dos jogos deveremos
ganhar mais medalhas. Uma certeza nós temos, que a nossa hospitalidade será
medalha de ouro, como sempre. Tava pensando aqui...
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