quarta-feira, 8 de março de 2017
Tavapensandoaqui na compra de veículos usados
Tavapensandoaqui
na compra de veículos usados. Meus primeiros carros foram comprados com o
dinheiro suado do meu trabalho, meus pais nunca quiseram ter um carro e nem
poderiam tê-lo com a renda apertada que tínhamos. Juntei meus primeiros
dinheiros e os valores de um carro zero quilometragem eram inalcançáveis para o
meu poder aquisitivo, que nem me atrevo a chamar de poder, ficaria melhor se
chamasse de fraqueza aquisitiva. Parodiando uma amiga e adaptando a frase, era
o que tinha para ontem. Meu primeiro fusca 1962 comprado em 1979 tinha quatro
velas, duas apagadas. Andava normalmente, mas começou a andar normalmente melhor
quando acendi as quatro velas. Também fui proprietário de um Passat 1979 que
soltava aquela fumaça branca pelo escapamento, igual a fumaça que sai do
Vaticano na eleição do Papa. Não precisava trocar óleo, só precisava completar com
três litros a cada mil quilômetros. Recentemente adquiri uma Scooter usada do
ano de 2006. Modelo Neo, nome do personagem do filme preferido, Matrix. Eu precisava
de uma moto, pois o deslocamento em São Paulo com hora marcada é simplesmente
impossível se for feito de automóvel ou transporte público. Dois compromissos
meus se acumularam em um mesmo dia da semana e a solução que achei foi essa. Achei-a
num bairro quase na divisa de São Paulo com Cotia e a proprietária era cuidadosa
com o veículo, nunca sofreu acidente com ele.
Ao ligar o veículo para mostrar que tudo funcionava, a luz do painel que
indicava a conversão à esquerda não acendeu. Sem problema, as luzes das
laterais estavam normais. Comprei-a e logo ao encher o tanque, a tampa não
conseguia conter toda a gasolina e tive que providenciar uma nova. Esperei duas
semanas para receber a bendita tampa. Enquanto não chegava, andava com o tanque
de combustível abaixo da capacidade média. A chave do contato trancava o guidão,
agora não trava mais. Afundou alguma coisa e não fico mais com a moto travada.
Ninguém vai querer roubar mesmo, então não me preocupo com isso. Sempre fui a
favor de comprar veículos novos, para que esses pequenos detalhes não me aborrecessem.
Eu só consegui comprar carro zero após uns 12 anos trabalhando. A partir daí,
veículos zerinho ornaram minha garagem. A compra de usados sempre causa
surpresa. As rodas novinhas encobrem o problema de alinhamento, que é
descoberto quando os pneus começam a desgastar nas laterais. A pintura novinha
encobre batida não informada quando compramos o veículo. A parte elétrica pode
sempre causar alguma surpresa. A bateria nova esconde o problema de fuga de
corrente em algum canto não identificado do veiculo e de uma hora para a outra
você fica na mão com pane elétrica. Aliás, tenho andado com minha Scooter pelas
ruas de São Paulo e com minha boa pontaria acerto vários buracos. Já fiz
Motocross e isso me dá certa habilidade em manter o equilíbrio nessas
situações. E a luz interna do painel que indica a conversão à esquerda agora
está funcionando. Vai entender. Quem sabe um próximo buraco acerta o problema
da trava do guidão? Tava pensando aqui...
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