sexta-feira, 1 de junho de 2018

Tavapensandoaqui no ruído na comunicação


Tavapensandoaqui no ruído na comunicação. Sabe àquela hora em que a gente fala uma coisa e as pessoas entendem outra? Pois é. Levei meu sapato no sapateiro para que ele fizesse um reparo na sola de couro, que continha algumas tiras de borracha para evitar escorregões e uma delas soltou. Ele disse que não podia colocar novamente as borrachinhas e que faria a substituição com uma meia sola. Aceitei a solução proposta pelo sapateiro, voltando para buscar os sapatos alguns dias depois. Ele colocou meia sola de borracha, desvalorizando assim meu patrimônio com um solado barato em um sapato que deveria ter a classe de um sapato com solado em couro. Eu nem falei nada, paguei e fim. Na mesma semana, a secretária do lar estava em casa para a faxina semanal. Nosso tapete da sala de jantar havia ocasionado a queda da minha filha de 19 aninhos. Ela saiu em disparada ao avistar uma barata na cortina da sala de estar. Ao fazer a curva e pisar no tapete ela caiu, pois o piso estava escorregadio depois de encerado da última vez com uma cera nova. Então eu coloquei fitas adesivas nas pontas do tapete como solução temporária na prevenção de acidentes, reparo esse que é mais conhecido como “gambiarra”. E eu instruí a secretária para que não levantasse o tapete da sala de jantar para varrer por baixo, que ela deixasse as fitas adesivas mais um pouco. Na semana seguinte ao trabalho da secretária do lar, ao andar com meias pela casa vi que o solado da meia ficou sujo e minha mulher descobriu que o tapete da sala de jantar estava sujo. A secretária do lar deixou de limpar o tapete, ao invés de fazer a limpeza dele na parte de cima como eu havia instruído (quer dizer, achei que eu tinha sido claro). Ela entendeu que não era para limpar o tapete. Eu acho que se eu quisesse que ela não limpasse o tapete eu diria “não limpe esse tapete”. Mas eu acredito na lei do retorno. O culpado fui eu. Em uma ocasião dias atrás, uma colega que estava em serviço voluntário comigo, perguntou se uma colega e eu éramos casados, que ela nos achava bem parecidos. Eu imediatamente respondi “sim” e minha colega respondeu “não”. Olhei para essa colega e perguntei “você é casada?” e ela respondeu “sim” e eu completei “então ambos somos casados e a resposta correta para a pergunta seria “sim, somos casados””. Rimos da brincadeira e refletindo agora, vejo que minha própria brincadeira está se voltando contra mim, de forma vingativa. Esse Universo é mesmo um brincalhão. Agora eu tenho a dúvida: comunicação é aquilo que falamos ou aquilo que entendemos? Será que temos que avaliar todas as possibilidades de entendimento que o outro possa ter ao conversamos e ao formularmos uma pergunta ou instruirmos a outra pessoa? Ao passar instruções de algo para alguém, devemos repetir de várias maneiras diferentes, pedir para a pessoa nos dizer o que entendeu e finalmente registrarmos tudo em um contrato com firma reconhecida? Na verdade eu utilizava isso na minha carreira corporativa para que a minha entrega fosse aquela que o cliente queria. E olha que nem assim dava certo! Mas na vida pessoal isso fica muito chato, não fica? Ó vida. Tava pensando aqui...


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