quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Tavapensandoaqui no Piragibe e a rádio Dimensão

Tavapensandoaqui no Piragibe e a rádio Dimensão. Estava eu no chuveiro pensando em alguma forma de encaixar uma piada em um dos meus textos. A história veio se desenhando e era assim: um locutor de rádio de uma pequena cidade tinha um programa onde conversava com os ouvintes e ele decidiu ganhar dinheiro junto ao comércio da cidade. O locutor era conhecido e combinou com os comerciantes através da associação comercial, que durante o programa ele poderia encaixar o nome dos estabelecimentos comerciais da cidade na conversa. Em cada encaixe ele poderia falar o nome da loja, falar o seu slogan e ao final do mês ele recolheria o valor referente ao merchandising junto aos comerciantes. Acordo firmado ele começou a falar com os ouvintes e no meio da conversa ele encaixava e loja que poderia corresponder ao assunto em questão. O ouvinte falava que estava com uma tristeza que cortava a sua carne e o locutor encaixava “se o seu problema é com o corte na carne vá ao açougue Boi Feliz que tem o corte da carne que lhe condiz”. Brigou com a namorada e quer reatar o namoro? “Vá a Floricultura da Florisbela e leve um buquê para ela”. Até que um ouvinte citou a sogra numa conversa. O locutor emendou que a sogra do ouvinte devia ser uma megera. O ouvinte retrucou que não, que sua sogra era uma jóia. O locutor não teve dúvidas e emendou: “Se sua sogra é uma jóia, nós temos a caixinha na funerária do Japinha”. Onde entra o Piragibe neste papo? Piragibe era uma figura. Um amigo dos tempos do meu estágio. Muitos aqui se lembrarão dele. Nos primeiros dias do estágio na COSIPA o Piragibe entrou na sala de aula com uma Bíblia na mão dizendo que era o pastor e que iria nos ensinar o evangelho. A profissão de programador era muito dura e ele ia ensinar aos 10 estagiários tontos a cuidar da alma. Demoramos um pouco para sacar a pegadinha e depois desta ficamos em disputa corpo a corpo com nossos instrutores do estágio. Eles aprontavam conosco e nós dávamos o troco. As histórias desta época renderiam um livro. O que pouca gente sabe é que fundei com ele a minha primeira sociedade. Piragibe era um palhaço. Não entendo até hoje como um cara sério como eu fez sociedade com ele. Criamos a Rádio Dimensão S.A., na cidade de Cubatão. Minha primeira empresa e minha primeira investida na área empresarial. A empresa tinha até um slogan: “Rádio Dimensão, falando para Cubatão e cochichando para o mundo”. Isso era porque nossa antena deveria cobrir uma parte da via Anchieta e quem sintonizasse a rádio ia ouvir até começar a subir a serra e depois o sinal iria sumindo. Talvez pegasse em Santos com um sinal bem baixinho. Piragibe tinha contatos políticos em Cuba (tão) e tentamos conseguir a licença para operar. Não conseguimos e fechamos nossa empresa. Sei lá porque me lembrei desta história. Mas a lembrança me deixou feliz. Acho que o Piragibe também ficou feliz. Tanto que a escrevi e resolvi publicar imediatamente. Algumas crônicas saem assim, diretas. Sem cortes. Sem censura. Tava pensando aqui...

Nenhum comentário:

Postar um comentário