sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Tavapensandoaqui nas lendas em que acreditamos

Tavapensandoaqui nas lendas em que acreditamos. Papai Noel, Fada do Dente, Saci-Pererê, Curupira, coisas do gênero. Recentemente fiz um par de óculos para melhorar minha visão. Antes que você pense piadinhas eu não comecei a ver duendes depois de colocar as lentes. Mas a culpa de eu precisar de óculos é das letrinhas que puseram nos smartphones. Fossem elas maiores eu não precisaria colocar óculos. Estava ficando impossível ler as mensagens com nitidez. Escrever então nem vou falar. Eu já estava escrevendo “agira” no lugar de “agora” e quando apareciam palavras que tinham “i” e “l” pertinho um do outro ferrava de vez. Comprei um smartphone que mais parece um tablet para compensar a perda da visão, mas não teve jeito. Então procurei um médico Oftalmologista e fiz os testes necessários com dilatação de pupilas e tudo. Depois de feito o par de óculos eu voltei ao médico Oftalmologista para conferir os graus das lentes e para reclamar para ele que eu via as coisas no formato côncavo ou convexo. Falei que os 2 graus e meio que ele receitou para quem nunca usou óculos era uma coisa meio exagerada, na minha leiga opinião (mentira eu já usei e parei de usar). Ele me colocou de frente para a tela do computador dele com meus óculos e me colocou da maneira correta com a qual eu deveria me sentar. Nesta posição eu consegui que o côncavo e convexo ficassem em perfeita harmonia. Convenci-me que as lentes poderiam estar corretas depois dessa colocação por parte dele, pois inclusive refizemos os testes de lentes e ele novamente aferiu o mesmo resultado que obtivemos na primeira aferição de uns dias atrás. Conversei com ele que apesar de meus 57 anos eu estava fazendo óculos só agora. Reclamei de novo que os óculos com 2 graus e meio me pareciam exagerado. Ele então me mostrou uma tabela onde a pessoa com 40 anos precisa de óculos, 45 anos também, 50 anos também e cada vez o grau aumenta mais. Eu estava meio grau abaixo da minha idade, o que ele achava um grande feito. Gabei-me dizendo que eu achava que tinha controlado minha visão. Eu tinha pouco stress na minha vida, não esquentava a cabeça e durante alguns anos eu atendia pessoas e dava aulas de massagem e que o relaxamento que eu costumava fazer nas aulas e nos atendimentos devia ter conservado minha visão boa por todo esse tempo. Ele como o bom médico me disse até que seria possível acontecer o que eu estava falando. Mas ele acreditava mais que os graus que eu tinha em cada olho faziam uma compensação e agora chegaram a um nível que não compensavam mais. Senti minha lenda ruir. Que pena. Que sem graça. Decepcionei. Disfarcei bem na frente dele. E eu tinha tanta certeza que eu mesmo era o causador da minha boa saúde ocular através das minhas práticas que acreditava mesmo nesta lenda. Mas vou fazer de conta que fui eu mesmo que mantive minha saúde ocular. Tanta gente faz de conta que acredita em lendas, vou acreditar nessa também. Olha! Acabei de ver um duende. Passou ali. Não viu não? Tava pensando aqui...

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