Tavapensandoaqui
na lista de coisas pra não fazer no ano novo. No fim de cada ano as pessoas
costumam fazer listas de desejos. Passam o ano inteiro tentando cumprir e às
vezes acabam sem conseguir fazer o que prometeram. Revisando minhas anotações
me deparei com uma lista minha de fevereiro de 2015, com coisas que eu “não”
iria fazer. É mais fácil listar o que você não quer fazer, chegar ao final do
ano e concluir que aquilo que você não queria fazer você realmente não fez.
Dessa forma a sua satisfação em realizar sua promessa será muito mais
gratificante. Pensando dessa maneira, naquele dia de 2015 eu resolvi fazer a
lista das coisas que não iria fazer naquele ano, porque ao final dele eu
poderia comemorar minhas “não realizações”! Uhuuuu! Hoje eu me surpreendi ao
ver que escrevi várias coisas que acabei fazendo nos anos seguintes. Minha
lista original continha “não vou pular de paraquedas (e nem sem ele), não vou
jogar Golfe, não vou cozinhar, não vou comer bacalhau, não vou comprar
videogame, não vou comprar uma moto, não vou assistir Futebol Americano, não
vou ler 4 livros, não vou viajar de navio, não vou aprender música, não vou
aprender a dançar, não vou andar de kart, não vou andar de bicicleta, não vou
fazer corrida de rua”. Bom, hoje eu aprendi a cantar sem aprender música, estou
cantando e aprendi a dançar um pouquinho depois de algumas aulinhas de dança.
Para as amigas eu peço que não comentem minha nota como dançarino aqui para não
me humilharem, por favor. Comprei uma moto em 2017 para poder cumprir algumas
atividades que exigiam deslocamento rápido de um lugar a outro de São Paulo. Este
ano de 2018 que acabou, li 14 livros (quem leu minha crônica anterior pode
estranhar pois eram 13, mas li mais um no ultimo sábado do ano). Pular de
paraquedas “com” o paraquedas está previsto neste 2019, basta uma amiga que me
convidou não dar para trás. De Bike eu fiz trilha uma vez (incompleta), mas foi
antes de 2015 e correr na rua também foi em anos anteriores a 2015. Não lembro
quando comprei o videogame, mas tenho um. De kart não vou andar mesmo, mas isso
é uma questão física, pois operei meu ombro faz alguns anos e o esforço para
dirigir um kart pode ser demais para mim. Eu ainda jogo tênis que é menos
agressivo e eu consigo controlar o esforço. Você já pensou nas coisas que você
disse para você mesmo que nunca iria fazer e no final acabou fazendo? Eu desafio
você a criar uma lista de coisas que você não gosta e dizer que não vai
realizar. Pense em coisas possíveis, não vale dizer “não vou viajar para a Lua”
porque nesse caso é realmente uma possibilidade muito remota em termos de
grana, preparação física, sua idade e outras variáveis. Pense numa lista real
com algumas atividades feitas pelos seus amigos e que você se pegou dizendo que
nunca faria, como, por exemplo, “eu nunca iria acampar, ou, nunca irei
mergulhar no mar porque nem nadar eu sei, nunca irei descer uma corredeira em
um bote”. Ou então “nunca entraria na piscina junto com Golfinhos, nunca
entraria na jaula do Leão para lhe dar mamadeira ou nunca seguraria uma Cobra
no meu pescoço”. Você não acha que essa habilidade de mudarmos aquilo que a
gente considera uma verdade absoluta é uma capacidade maravilhosa do ser
humano? Eu considero que existem várias certezas nesse mundo e uma das certezas
é que tudo muda constantemente. Outra certeza é a morte e então, nesse caso,
que tal fazer aquilo que você nunca pensou em fazer enquanto ainda está vivo
neste plano terreno? Somos uma metamorfose ambulante, como diria a música. Quem
não muda não aproveita a vida, quem fica parado é poste. Aceita esse desafio? Tava
pensando aqui...
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