quarta-feira, 3 de outubro de 2018

Tavapensandoaqui que compro livros que não leio


Tavapensandoaqui que compro livros que não leio. Compro rifas que não ganho, jogo na loteria e não confiro o resultado (nem sempre). Gravo vídeos que não assisto. Compro discos ou CDs que não ouço. Você sabe o que é disco e um CD, não é? Meu leitor é mais refinado, mais experiente, sabe o que é um disco de vinil e possui carro com toca CD. Também comprei fichas telefônicas que não usei e meu público leitor com certeza “morreu” com algumas dessas fichas telefônicas ou de fliperama no fundo de uma gaveta, tenho certeza. Quanto mais espaço tem, mais coisas guardamos para preencher o vazio incômodo que fica em tanto espaço. Somos acumuladores, compramos coisas por comprar, para ajudar alguém ou por achar interessante ler sobre as “101 maneiras de dar nó na sua gravata” ou saber como “Fazer 300 tipos de amarrações diferentes no cadarço do seu All Star Azul”. Compre apenas o que é necessário. Acumulamos coisas que não usamos e sendo assim todos nós temos coisas inúteis na nossa casa. Por que a senhora olhou para o seu marido agora? (tenho uma amiga que contou que o marido nem lâmpada trocava). Chegamos nesse mundo sem nada e vamos sair dele sem nada. Caixão não tem gaveta. Descarte o que não é necessário, desligue-se daquilo que lhe parece um peso morto. Desapegue, analise o que precisa realmente ficar guardado e libere aquilo que não serve mais para você. Pode ser útil para alguém, faça doação. Somente abrindo espaço para o novo é que poderemos seguir em frente. Quando tiver o impulso de passar pela livraria e tiver interesse pelos “Rituais clássicos para acasalamento das Lhamas do Himalaia”, pense em se desfazer de algum que esteja na sua casa. Fiz uma limpeza aqui em casa por esses dias, jogando fora diversas fitas de vídeo K7 com as aventuras da Turma do Didi, Seriado da Sandy e Jr, Sítio do Pica-pau Amarelo, Barbie e diversos clássicos Disney. Tanto programa que gravei da TV, dando pausa nos intervalos e recomeçando quando voltava o programa (às vezes esquecendo-se de retornar a gravação, lógico). Essas gravações fizeram sucesso na infância da filha e a minha mãe curtia muito também. Agora não faz mais sentido guardar tudo isso, pois tem muita coisa nova com fácil acesso pelas novas tecnologias disponíveis. Dessa forma termino esse meu pensamento de hoje, olhando para os meus três vídeos K7 quebrados armazenados no teto da estante, assim como as duas TVs analógicas portáteis, uma câmera de gravação de Video K7, dois walkman, dois gravadores de fita K7, um GPS-TV, algumas máquinas fotográficas que utilizam filme Kodak com algumas lentes intercambiáveis, dois telefones de fio e teclas, um DVD que é Videokê, uma maquina de escrever Olivetti, uma maquina de costura Singer, um despertador rádio-CD e que um dia serão útil aqui em casa. Onde será que deixei minha TV Telefunken? Aposto que ficou junto com o Atari na casa da mãe. Deu-me saudade. Tava pensando aqui...

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